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Domingo, 19 de maio de 2024

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Saudade dos entes queridos causa emoção aos familiares no cemitério

Foto: Alline Marques-OD

Seu Antônio e Joari visitam túmulo da matriarca e se emocionam

Seu Antônio e Joari visitam túmulo da matriarca e se emocionam

É sempre difícil perder alguém que se ama. A morte, apesar de ser certa, nunca deixa de causar dor e no Dia de Finados, há séculos, é um momento em que os familiares que continuam vivos aproveitam para homenagear aqueles que se foram. No Cemitério da Piedade, centenas de pessoas visitam os túmulos dos parentes, como fizeram pai e filho Antônio Vieira, 80, e Joari César Vieira da Silva, 52, respectivamente.


Mesmo com a saúde fragilizada, Antônio não deixou de ir visitar a esposa que jaz no Cemitério da Piedade ao lado dos restos mortais dos pais dela. Sem conseguir conter as lágrimas, ele diz ser uma forma de sentir a presença dela mais perto. “Minha presença aqui é que me deixa mais perto e é como se estivesse vendo ela. Eu vejo ela todos os dias”, conta emocionado.

Casado há 58 anos com Juirze Pedroso da Silva, o pernambucano não esconde a saudade e a frustração por ter perdido a mulher. “Ela me deixou, era para Deus ter me levado”, desabafa, sendo ponderado pelo filho que o consola.

Joari conta que o pai estava acordado desde as 5h para ir ao cemitério. “Parece criança”, brinca o filho que faz questão de lembrar ao pai que ele ainda tem muito para ensinar aos netos e bisnetos. Seu Antônio tem quatro filhos, sete netos e seis bisnetos.



Esta é apenas uma das milhares de histórias que podem ser contadas pelos familiares que vão ao cemitério, mas o silêncio vale mais do que mil palavras. Por isso, muitos optam pelo silêncio em frente ao túmulo. Alguns oram baixinhos, outros apenas conversam com os parentes que ali descansam. Outros aproveitam para limpar os jazidos e levam até pano e balde.

O choro é na maioria das vezes inevitável, afinal a saudade queima no coração daqueles que gostariam de poder estar novamente ao lado do ente querido. O complicado é explicar a morte para uma criança. Uma menininha de 5 anos deixou todos emocionados ao comentar, com sua mais pura inocência: “pai, queria ver o vovô pelo menos uma vez, mas ele morreu”. Um nó na garganta e as palavras somem.

Mesmo para aqueles que encaram a morte apenas como uma passagem e creem na reencarnação, é difícil não se emocionar. “A saudade sempre vem, mas temos a certeza de que iremos nos encontrar logo”, afirma Fernanda Nogueira Godói.

O Dia de Finados é um dia de respeito, dedicado para que as famílias prestem homenagens às pessoas falecidas. A data foi escolhida em virtude do Dia de Todos os santos, comemorado um dia antes, primeiro de novembro. Os religiosos acreditavam que todas as pessoas, ao morrerem, entravam em estado de graça, mesmo não sendo canonizados.

Sobre a cultura de homenagear os mortos segue os princípios do catolicismo e tem origem em meados do século XI.



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