O suplente de deputado Federal Ságuas Moraes (PT) assumiu ontem (3) a secretaria estadual de Educação (Seduc), retornando ao primeiro escalão do Governo do Estado no mesmo cargo que ocupou no Governo Maggi, com a meta de elevar a qualidade do ensino médio no estado, considerado problemático pelos indicadores divulgados nacionalmente. 

“A qualidade na Educação tem de ser a meta principal, além da valorização e da qualificação profissional”, afirmou Ságuas, em entrevista coletiva logo após ser empossado.

Silval não poupou elogios à Rosaneide Sandes, que retornou ao cargo de secretária  adjunta de Educação. Ela havia assumido o comando da pasta quando o petista saiu para disputar a eleição de deputado federal. A princípio, Ságuas fora eleito e empossado com deputado federal, mas acabou perdendo o cargo após uma batalha jurídica com Nilson Leitão (PSDB).

O governador não escondeu também que a recondução de Ságuas é uma situação própria da  política. “Quem ajuda a ganhar, ajuda a governar e desde o governo de Blairo Maggi a Educação era [administrada] pelo PT e o partido, que também é [o mesmo] da secretária Rosaneide, decidiu pelo retorno de Ságuas”, declarou.

No entanto, o chefe do Executivo ponderou que as questões técnicas deverão ser levadas em consideração e já avisou a Ságuas que não aceitará mais problemas com empreiteiras responsáveis por obras de escolas no Estado. Durante o discurso, Silval informou já ter recebido ligações de prefeitos reclamando de uma obra que está paralisada há mais de um ano.

A ex-secretária aproveitou para fazer um balanço de sua gestão e agradeceu a colaboração dos servidores. Ela lembrou ainda que o momento mais difícil de sua gestão foi a greve dos professores, quando foi necessário tomar atitudes duras, por pensar no problema vivido pelos mais de 450 mil alunos sem aula.

Silval também falou sobre o assunto, afirmando que não guarda mágoa dos professores e lamentou o fato de ainda não ter conseguido atender o pleito dos servidores. Ele argumentou que a falta de recursos ainda nãolhe permitiu atender as reivindicações salariais da categoria.

Sobre o repasse de R$ 1,4 bilhão para a Seduc, a secretaria responsável pelo maior orçamento do Estado, Silval afirmou que “todo recurso para a Educação é pouco”. Além disso, vale destacar que, segundo Rosaneide, 83% do orçamento vai para folha de pagamento, sobrando muito pouco para investimentos na área.

Mas Ságuas afirmou que já conhece as dificuldades da Pasta. Ele disse que pretende transformar Mato Grosso numa referência nacional. O novo secretário ressaltou que  torce pela aprovação do Plano Nacional de Educação para garantir mais recursos federais para a área.