O superávit da balança comercial brasileira (exportações menos importações) somou US$ 880 milhões na última semana (entre os dias 20 e 26 de abril) e, com isso, acumulou um saldo positivo de US$ 2,54 bilhões neste mês, informou nesta segunda-feira (27) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Para o fechamento deste mês, ainda falta ser computado o resultado desta semana. Mesmo assim, o saldo positivo, até o dia 26, já ultrapassou o registrado em todo mês de abril de 2008, quando somou US$ 1,73 bilhão. Se o superávit for mantido entre os dias 27 e 31, será o terceiro mês consecutivo de elevação do superávit - contra o mesmo período de anos anteriores.
O crescimento do saldo comercial já havia acontecido em fevereiro e março de 2009, após o déficit de US$ 518 milhões em janeiro - o primeiro em quase oito anos.
Aumento de importações
A explicação para o crescimento do superávit da balança comercial nos últimos meses é a queda maior das importações - fruto da crise financeira internacional. Em abril de 2009, até o dia 26, por exemplo, as compras do exterior somaram US$ 6,94 bilhões, com queda de 26% sobre o mesmo mês de 2008. Por outro lado, a crise também tem impactado as vendas de produtos brasileiros no exterior, que somaram US$ 9,49 bilhões em abril, até o dia 26, com queda de 11,4% sobre o mesmo mês do ano passado.
Acumulado do ano e projeções
Em 2009, até 26 de abril, o superávit da balança somou US$ 5,55 bilhões, contra US$ 4,09 bilhões de resultado positivo em igual período de 2008. Deste modo, houve um aumento de 35,7% no saldo positivo. No acumulado deste ano, as exportações somaram US$ 40,67 bilhões, com queda de 17,3% sobre o mesmo período de 2008, enquanto as importações totalizaram US$ 35,11 bilhões, com recuo de 22,3% sobre o ano passado.
O Banco Central informou nesta segunda-feira (27) que a projeção do mercado financeiro para o saldo positivo da balança comercial em 2009 permaneceu em US$ 16 bilhões. Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões.
