A demora na entrega de documentos foi o motivo que levou o governo do Estado a cancelar o polêmico contrato com a Global Tech - Consultoria de Prospecção de Negócio Ltda, referente à aquisição de 10 conjuntos de segurança destinados à fiscalização da fronteira. A informação é do procurador Geral do Estado, Jenz Prochnow Júnior, que garantiu que o governo será ressarcido pelo adiantamento de R$ 2,1 milhões que fez à vendedora.

A PGE havia dado parecer favorável à dispensa de licitação, mas voltou atrás e recomendou que a Secopa cancelasse o contrato, já que a Global Tech não conseguira o certificado do Exército para aquisição de equipamentos de monitoramento de fronteira e, também, porque já havia expirado o prazo para apresentação de outros documentos necessários para finalizar o contrato.

O procurador alega não ter existido irregularidades em torno da aquisição, em nenhum momento, e diz ainda afirma que a finalidade do contrato era positiva para Mato Grosso. Ele informou ainda que o governador Silval Barbosa (PMDB) não desistiu do plano e deverá procurar outros meios para reforçar a segurança nos mais de 700 km de fronteira seca com a Bolívia.

“A finalidade é boa e o governador está empenhado em monitorar a fronteira, mas agora deve buscar convênio com o Ministério da Justiça”, afirmou.

Questionado ainda sobre uma entrevista dada ao Olhar Direto dias antes, na qual o procurador afirmou que a Global Tech havia apresentado o certificado do Exército, Prochnow nega e disse que houve um engano, pois a empresa apresentou apenas o pedido prévio feito ao Exército.