Em reunião fechada com os principais ministros de seu governo, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (7) a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) para o combate à crise econômica. A desvinculação permite ao Executivo utilizar livremente 20% da receita de tributos federais, como impostos e contribuições sociais, mas perde a validade em 31 de dezembro.

Segundo o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena, durante a reunião de coordenação, que durou cerca de três horas, Dilma fez um relato do encontro do G20, realizado na semana passada, para os ministros. Ela passou a semana passada em Cannes, no sul da França, onde do G20, classificado pela presidente como "sucesso relativo".

De acordo com Baena, na reunião desta manhã, a presidente afirmou ser prioridade do governo a aprovação da prorrogação da DRU, em tramitação no Congresso. Segundo ela, a desvinculação é essencial para manter uma política de controle de despesas e incentivo aos investimentos como forma de combater os efeitos da crise financeira europeia no país.

Às 15h, Dilma recebe no Palácio do Planalto os líderes do Congresso para pedir rápida aprovação da DRU, matéria que deverá chegar ao plenário da Câmara nesta terça-feira (8). Antes de começar a valer, no entanto, o texto ainda terá de passar pelo Senado.

Participaram da reunião de coordenação nesta manhã o vice-presidente Michel Temer, os ministros Helena Chagas (Comunicação Social), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Edson Lobão (Minas e Energia), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Guido Mantega (Fazenda), além dos líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso, Cândido Vaccarezza, Romero Jucá e José Pimentel, respectivamente.