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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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USP tem aula pública e menor movimento com greve de alunos

Unidades da Universidade de São Paulo (USP) nas quais os alunos aderiram à greve geral de estudantes decretada em assembleia na terça-feira (8) preparavam na manhã desta quinta-feira...

Unidades da Universidade de São Paulo (USP) nas quais os alunos aderiram à greve geral de estudantes decretada em assembleia na terça-feira (8) preparavam na manhã desta quinta-feira (10) ações para o ato que deve reunir estudantes contra a presença da PM no campus em frente à Faculdade de Direito, no Centro da capital paulista, nesta tarde. Na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), primeira a aderir ao movimento, uma aula pública era realizada na Faculdade de Letras nesta manhã.


Cerca de 50 alunos acompanhavam as discussões. Dentro do prédio, alguns professores optaram por dar suas aulas, mas usaram o espaço para debater os fatos ocorridos na universidade nos últimos dias, como a presença da PM no campus, a ocupação da reitoria e a reintegração de posse.

egundo a estudante Arielli Tavares Moreira, do centro acadêmico da Letras, um piquete chegou a ser montado no prédio no início desta manhã. Alguns estudantes insistiram em entrar para as aulas e o movimento, então, permitiu que eles passassem. Ainda de acordo com a aluna, a maior parte dos professores não está dando faltas para os alunos que não comparecem às aulas, e muitos estão adiando trabalhos e provas.

Os alunos deverão se concentrar a partir das 12h para o ato previsto para esta tarde na Faculdade de Direito. “A PM entrou no campus para solucionar o problema da segurança, que é um problema real. Mas essa PM não resolve o problema da segurança nem aqui nem em lugar nenhum. O que a gente quer construir nessa greve é um plano alternativo de segurança”, disse Arielli.

Segundo o Diretório Central de Estudantes (DCE), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e a Escola de Comunicações e Artes (ECA) também aderiram à greve. Na FAU, o movimento de alunos era menor nesta manhã. Muitos professores davam aula, mas as salas estavam vazias. Segundo estudantes, os docentes devem se reunir nesta tarde com a direção da faculdade para discutir o que será feito em relação aos estudantes que aderiram à greve.

Na ECA o movimento também era menor que o normal. Pelo menos os cursos de jornalismo, relações públicas, artes cênicas e música aderiram à greve. Em nenhuma das duas unidades havia piquetes.

De acordo com o DCE, o curso de relações internacionais e a Faculdade de Educação estavam paralisados nesta quinta, e devem realizar assembleias até sexta-feira (11). No interior, os cursos de São Carlos, Ribeirão Preto e Lorena farão votações para a adesão ou não à greve ainda nesta quinta.

Reitoria
Funcionários que trabalham no prédio da reitoria da USP começaram a retomar sua rotina na manhã desta quinta. Eles estavam fora o imóvel desde o dia 2 de novembro, quando estudantes ocuparam o prédio.

Apenas portaria B da reitoria, normalmente restrita a funcionários e professores, estava aberta. A entrada principal, por onde passam estudantes e outras pessoas que precisam ser atendidas, ainda estava fechada por cavaletes, assim como o acesso pelo qual os estudantes invadiram o prédio, onde a porta ainda está danificada. Policiais militares também mantêm a segurança do prédio, mas em número menor que o dos últimos dias.

Segundo funcionários da reitoria, o trabalho de limpeza, que foi iniciado nesta quarta-feira (9), continuava sendo realizado nesta quinta. A USP ainda não divulgou um balanço dos prejuízos gerados pela ocupação. Paredes foram pichadas e móveis, revirados e depredados.

A reitoria foi ocupada pelos estudantes como forma de protesto contra a detenção de três alunos por porte de maconha na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). O prédio da administração da FFLCH também foi ocupado por uma semana.

Com a reintegração de posse, cumprida pela Tropa de Choque da PM, 72 pessoas foram presas – 63 delas estavam dentro do prédio. Eles foram soltos após pagamento de fiança de R$ 545. Eles passaram toda a terça no 91º Distrito Policial, e só foram liberados na madrugada de quarta, após passarem por exames de corpo de delito.
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