Os atrasos nos repasses e uma tabela defasada levaram o MT Saúde a perder 35% dos médicos credenciados, o que tem gerado descontentamento em alguns servidores, principalmente, aqueles que fazem tratamento continuado. Além do desconto da mensalidade em folha, o funcionário público que quiser manter o acompanhamento médico terá de pagar pelas consultas ou trocar de especialista.

A assessoria do MT Saúde informou que dos 1270 médicos credenciados, 446 deixaram de atender pelo plano e atualmente a empresa conta com 824. Muito embora a direção considere pequena esta redução do número de profissionais, a informação é de que já trabalha em busca de novos parceiros.

Contudo, a ausência de mais de 400 profissionais no atendimento diário tem sido sentida pelos usuários do plano. Uma servidora, que prefere não se identificar, informou que por duas vezes teve de pagar uma consulta particular, pois foi informada  que seus médicos não mais atendiam pelo MT Saúde.

“Fui levar minha mãe ao médico e ele não atende mais pelo MT Saúde. Dai a consulta, que era R$ 200, eu paguei R$ 100, e outro dia, no vascular, também aconteceu a mesma coisa”, reclamou em entrevista ao Olhar Direto.

O secretário Estadual de Administração, César Zílio, já havia informado ao Olhar Direto que a expectativa é da redução de custo, entretanto, a intenção não é cortar o número de credenciados, mas sim aumentar a contrapartida dos servidores.

O estado gasta atualmente R$ 10,5 milhões por mês, totalizando R$ 126 milhões ao ano. Porém, para o próximo ano já está previsto um corte nos gastos e o governo deverá gastar R$ 9 milhões mensais, atingindo um montante de R$ 108 milhões/ano. A redução chega a R4 18 milhões.