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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Médicos e políticos criticam regulação do Samu por Cuiabá

Foto: Assessoria

Nova reunião nesta  sexta-feira (18) vai tratar sobre as dificuldades do Samu na região Sul

Nova reunião nesta sexta-feira (18) vai tratar sobre as dificuldades do Samu na região Sul

A intenção da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de centralizar a regulação dos pacientes do Samu em Cuiabá será um dos pontos discutidos na reunião desta sexta-feira (18), às 14 horas, na Câmara Municipal de Rondonópolis.


Na primeira reunião, o secretário municipal de Saúde, Valdecir Feltrin, disse que o município não investiu em um novo espaço físico devido ao projeto “Samu 100% Estado”, que deve centralizar a regulação do serviço na capital. "Enquanto isso não for decidido não podemos correr o risco de fazer um investimento que depois não seria mais utilizado", esclareceu.

A diretora do Escritório Regional de Saúde, Geraldina Ribeiro, confirmou a possibilidade de mudança na gestão do Samu. Ela disse ainda que, caso o projeto seja implantado, os médicos reguladores seriam baseados no Hospital Regional, recebendo orientações da capital do estado.

Cada chamada da população de Rondonópolis e região Sul pedindo ambulância cairia na central em Cuiabá, que por sua vez, acionaria a equipe local.

Os rumores são de que o Estado deve centralizar o serviço para depois transferir sua gestão para uma Organização Social (OS), como vem fazendo com os hospitais regionais.

Médicos e vereadores são contrários a medida de centralização do atendimento do 192 em Cuiabá. O vereador Hélio Pichioni (PR), que também é médico, falou das dificuldades que ele e seus colegas, que trabalham no Sistema Único de Saúde (SUS) em Rondonópolis, enfrentam para conseguir uma vaga em Cuiabá através da central de regulação do sistema.

"Já vimos pacientes morrerem na Santa Casa por falta de atendimento especializado em Cuiabá. Isso porque, tentamos de todas as maneiras conseguir uma vaga através da central, porém, não fomos atendidos", explicou. Para Pichioni, passar a central de atendimento do Samu para Cuiabá seria um retrocesso.

Falta de investimentos

Das sete ambulâncias do Samu em Rondonópolis que atendem a região Sul, cinco estão encostadas, sem condições de uso, outra está sempre quebrando e apenas uma funciona normalmente para atender Rondonópolis, Jaciara e Primavera do Leste. Além disso, há apenas uma linha telefônica para atender as chamadas do serviço 192.

O secretário municipal de Saúde comentou ainda que o fato da unidade do Samu de Rondonópolis estar instalada dentro do Batalhão do Corpo de Bombeiros de Rondonópolis impede que qualquer investimento, com recursos do governo federal, seja feito pela prefeitura. "Nós tínhamos R$ 150 mil para investir na unidade, mas, para fazer isso, seria necessário desvincular o Samu do Corpo de Bombeiros", explicou Feltrin. Em Cuiabá o serviço não é integrado há mais de quatro anos.

O médico Cleber Júlio Amorim explicou que a participação dos bombeiros nos serviços prestados pelo Samu é muito conveniente já que eles são profissionais preparados para atender urgências e emergências.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Bonoto, disponibilizou recursos do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom) para construir mais uma base da corporação na região Salmen, garantindo espaço para o Samu. "O projeto já está na prefeitura e para ser executado está aguardando autorização do prefeito [José Carlos do Pátio] para dar início ao processo de licitação", garantiu.

Valdecir Feltrin admitiu tal fato, no entanto, explicou que o prefeito ainda não teria liberado a licitação do projeto devido ao impasse que existe em torno da responsabilidade pela central de regulação do Samu.
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