A Administração de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos cancelou a aprovação do Avastin como remédio indicado contra o câncer de mama, após determinar que não seria seguro e efetivo para esse uso, informou nesta sexta-feira a agência em comunicado.

No entanto, segundo a FDA, o Avastin se manterá ainda no mercado como um tratamento aprovado para outros tipos de câncer, como os de cólon, pulmão, rim e cérebro (glioblastoma multiforme). "Foi uma decisão difícil. A FDA reconhece a dificuldade que é para os pacientes e suas famílias enfrentarem um câncer de mama metastático, e a enorme necessidade de tratamentos mais eficazes. No entanto, os pacientes devem confiar que os remédios que tomam sejam seguros e eficazes para o uso previsto", disse a comissária para a FDA Margaret Hamburgo. Segundo Margaret, os estudos revelam que as mulheres que usavam este medicamento para o câncer de mama sofriam efeitos secundários potencialmente mortais. Além disso, não foi comprovado um benefício que justifique o risco.

A FDA assinalou em seu comunicado que o Avastin envolve riscos que incluem pressão alta, sangramento e hemorragias, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca, assim como o desenvolvimento de perfurações em diferentes partes do corpo como nariz, estômago e intestinos. O Avastin foi autorizado para o tratamento do câncer de mama metastático em fevereiro de 2008, através do programa de aprovação acelerada da FDA, o que permite que um remédio seja aceito com base em dados que não são suficientemente completos. Neste caso, a aprovação acelerada se baseou nos resultados promissórios de um estudo que sugere que a droga poderia proporcionar um aumento significativo no prolongamento da vida, desde o início do tratamento até o crescimento do tumor.