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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Inter tem Brasileirão marcado por bola no pé e pouca finalização

Não é por falta de qualidade técnica que o Inter está fora da briga pelo título nacional. Faltando duas rodadas para o término do Brasileirão, o time colorado resgata uma trajetória de equipe forte nos passes: que troca muitas bolas, acertando muito mais do que errando. Mas que arrisca pouco no ataque – embora tenha boa média de acerto quando tenta.


O Inter é o sexto time que mais acertou passes no Brasileirão. Teve precisão 8.240 vezes. Só foi superado por Flamengo, São Paulo, Figueirense, Botafogo e Vasco. Os erros são bem menos frequentes: 1.005. É como se o time vermelho acertasse oito em cada nove tentativas. Apenas Ceará e Palmeiras erraram menos.

O problema é que o controle de jogo não foi convertido em chances de gol. O Inter foi, até a 36ª rodada, o décimo time que mais arriscou. Foram 488 tentativas. O Colorado buscou menos o gol do que equipes abaixo dele na tabela, casos de Palmeiras, Coritiba, Atlético-MG, Ceará, Grêmio e Figueirense. Mesmo assim, tem um ataque positivo – o terceiro melhor do Brasileirão, com 56 gols.

D’Alessandro é um dos expoentes do Inter tanto na precisão da conexão com os colegas quanto nas finalizações. Ele é o segundo melhor do time colorado (atrás de Guiñazu) e o nono do campeonato em número de passes certos. São 992. A liderança é de Renato Abreu, do Flamengo, com 1.346. Em tentativas de gol, o camisa 10 aparece como 17º do Brasileirão e novamente segundo do Inter – superado por Leandro Damião.

Na visão do argentino, ter um elenco técnico do meio para a frente implica em um time que troque passes. A precisão gera mais posse, que gera mais trocas, o que aumenta os números.

- Em todos os times em que joguei aqui no Inter, em todos os times de que fiz parte, vi essa qualidade. Acho que a posse de bola desses times era muito grande. Hoje, temos jogadores de muita qualidade, de muito bom pé. Mas não pode ficar só nisso – disse o camisa 10.

D’Alessandro diz que o Inter está ciente de que poderia concluir mais a gol. Mas faz uma ressalva: mais importante do que tentar sempre, é tentar bem.

- O futebol é fazer gol. Você ganha fazendo gol. Tem que fazer gol no adversário. Mas acho que o time se diferencia por isso. Nossa cobrança interna existe no momento de finalizar mais, de ajudar um pouco mais o Damião ou o Gilberto. Sabemos que às vezes não adianta chegar muitas vezes e não fazer o gol. Às vezes, chegamos menos, mas fazemos. Em jogos muito iguais, como é esse com o Flamengo (domingo, em Macaé), isso pode fazer a diferença. Acho que não será um jogo com muitas chances. Mas quem tiver chance, vai ter que aproveitar – opinou o meia.

O controle de jogo faz com que o Inter também apareça bem pelas laterais. É o quarto time com mais jogadas pelos lados. E o quinto que mais chega à linha de fundo. Nei é o quinto jogador mais ativo do campeonato pelo lado direito, e Kleber o quarto pela esquerda. Isso auxilia Leandro Damião, o terceiro jogador que mais cabeceia a gol na competição.

O balanço dos números deixou o Inter na quarta colocação do Nacional a duas rodadas do fim, com 57 pontos. Depende do time colorado, que visita o Flamengo e depois recebe o Grêmio, a classificação para a Libertadores da América de 2012.
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