Comente agoraA divulgação do suposto esquema de corrupção do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM, completa dois anos no domingo (27). O inquérito principal do caso ainda não foi concluído. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), a denúncia do caso deve ser apresentada ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) no primeiro semestre do ano que vem.
A subprocuradora da República Raquel Dodge, disse que está reunindo provas que facilitem a abertura de processo pela Justiça, mas tem enfrentado dificuldades. Alguns contratos do governo do DF, por exemplo, só chegaram à Justiça em outubro deste ano.
Raquel afirmou também que cerca de 20 pessoas devem ser denunciadas pela PGR por crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e fraude em documentos. O inquérito já tem 70 mil páginas, segundo a subprocuradora.
Até o momento, os únicos acusados de envolvimento no suposto esquema que viraram réus em ações penais foram dois integrantes do Ministério Público.Leonardo Bandarra, ex-procurador- geral do Ministério Público responde a três ações no Tribunal Regional Federal. A promotora Deborah Guerner responde a duas ações.
Deborah e Bandarra são acusados de crimes como formação de quadrilha, quebra do sigilo funcional e extorsão. Ambos foram afastados dos cargos pelo Conselho Nacional do Ministério Público e estão sem salário.
Até o momento, o Ministério Público apresentou duas denúncias ao STJ, que ainda precisa decidir se abre processos. As denúncias dizem respeito a falsificação de notas fiscais de compra de panetones para que o ex-governador do DF José Roberto Arruda justificasse o recebimento de dinheiro por suposta tentativa de compra de testemunha.
Os fatos levaram o então governador a ficar preso por dois meses. Ele teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral.