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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Marcos Assunção quebra jejum e afasta o São Paulo da Libertadores

Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press

Bolas paradas foram decisivas para o Palmeiras

Bolas paradas foram decisivas para o Palmeiras

Desde 2006, o Palmeiras não vencia o São Paulo em Campeonatos Brasileiros. O tabu foi quebrado neste domingo, graças a Marcos Assunção. Em cobrança de falta do volante do Palmeiras, o Verdão venceu o Choque-Rei por 1 a 0 no Pacaembu e obriga o rival a fazer contas para ir à Libertadores.


Jogada mais conhecida e eficiente do time de Luiz Felipe Scolari, a bola parada de Marcos Assunção foi decisiva aos dez minutos do segundo tempo, quando ninguém desviou e evitou que as redes fossem balançadas. Foi apenas uma das muitas faltas que o Tricolor cometeu, dando ao adversário o que queria para definir a partida.

O resultado derruba o São Paulo para a oitava colocação, com 56 pontos, mas ainda com chances matemáticas de terminar o torneio entre os cinco primeiros colocados. O Palmeiras, por sua vez, se garante na Copa Sul-americana de 2012, atingindo 49 pontos.

No próximo domingo, às 17 horas (de Brasília) os dois times entram em campo para enfrentar novos clássicos. O Verdão enfrenta o Corinthians em Derby marcado inicialmente no Pacaembu. O Tricolor, por sua vez, terá pela frente o Santos, em partida que deve ocorrer no Morumbi. Mas a data e locais dos confrontos podem ser alterados.

O jogo - No embate tático armado pelos amigos Luiz Felipe Scolari e Emerson Leão, o comandante do Palmeiras começou melhor. Ao optar por Patrik em vez de Tinga, o técnico do clube mandante no Choque-Rei deste domingo conseguiu preencher seu meio-campo e dar mais liberdade a Valdivia para se tornar quase um terceiro atacante.

Com uma marcação adiantada, Patrik, Marcos Assunção e Márcio Araújo formavam um paredão que anulava a intenção são-paulina de ter Cícero como organizador da saída de bola. Ele e Dagoberto eram obrigados a ficar atrás do meio-campo, sem ligação com Fernandinho e Luis Fabiano na frente.

Além da incapacidade ofensiva, o Tricolor ainda não cumpriu dois pedidos intensamente treinados por seu chefe durante a semana. Incumbido de colar em Valdivia, acompanhando-o mesmo quando ele estivesse no campo de defesa do Verdão, Wellington passou a cometer muitas faltas, assim como Juan ao tentar parar Cicinho.

Cometer faltas em jogadores do Palmeiras é dar ao time o que ele mais quer: a bola parada de Marcos Assunção. De início, não adiantou nada toda a preparação de Leão para esta jogada. Logo aos três minutos, Henrique e Luan subiram sozinhos, com o atacante desviando rente ao travessão. Aos seis, João Filipe teve que se esticar para que Ricardo Bueno, livre, não desviasse com o pé nas redes.

Por 20 minutos, o Palmeiras tornou o São Paulo um espectador dentro de campo, vendo-o tocar a bola. Até que os erros na frente apareceram, e o Verdão, então, deu a bola e o ânimo que o rival precisava para chegar ao ataque. O equilíbrio se estabeleceu com a postura que Leão queria, com Dagoberto vindo de trás pela direita e Cícero recebendo a ajuda de Denilson para subir.

Assim, também na bola parada, o Tricolor assustou em cobrança de escanteio de Fernandinho que Rhodolfo, com o gol livre, testou para fora, aos 21 minutos. Mas a empolgação apareceu, e a movimentação também. Tanto que o lateral esquerdo Juan posicionou-se como um centroavante, na marca do pênalti, para acertar a trave aos 35 minutos.

Na igualdade do confronto, o Palmeiras foi empolgado para o intervalo. No último lance do primeiro tempo, Rogério Ceni executou duas excelentes defesas em chutes de Luan e Patrik, este último ainda acertando o travessão, e Valdivia deu uma puxeta para fora. O chileno ainda se estranhou com o goleiro do São Paulo por ficar sentado na pequena área, aumentando o clima de rivalidade.

O desentendimento, contudo, ficou no vestiário. O que voltou com o Palmeiras foi o ânimo que contagiou a torcida no último minuto do primeiro tempo. Os comandados de Luiz Felipe Scolari voltaram a conseguir impor uma marcação adiantada, bloqueando a ligação dos são-paulinos aos seus atacantes. Só Luis Fabiano conseguiu chance em que chutou rente à trave aos três minutos.

Na defesa, sobrava desatenção ao Tricolor, tanto que bastava o Palmeiras tocar a bola sem tanta velocidade, dentro da área, que sobrava alguém livre. Assim, Luan e Valdivia jogaram para fora oportunidades que tiveram de frente para Rogério Ceni antes dos cinco minutos de segundo tempo.

Como na etapa inicial, os chefiados de Leão ainda cometiam faltas demais. Desta vez, porém, Marcos Assunção acertou o pé. Aos dez minutos, de tanto se preocupar em evitar o cabeceio de adversários, os são-paulinos não desviaram cobrança de falta do volante do Palmeiras, que balançou as redes.

Em desvantagem, Leão mudou todo seu panorama tático. Lançou Rivaldo, Marlos e Willian José nos lugares de Cícero, Dagoberto e Juan. Armou um 3-5-2 com Denilson na zaga e ganhou o meio-campo graças à qualidade de Rivaldo. Mas faltava eficiência. Piris chegou a cabecear para fora quando tinha o gol vazio à frente.

Tocando a bola, o São Paulo passou a ter mais dificuldades de entrar na área adversária quando Chico foi escalado para protegê-la. No contra-ataque, o Palmeiras ainda acertou a trave com Fernandão. No fim, Rivaldo ainda foi expulso. A vitória verde estava confirmada.
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