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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Ex-técnico Coutinho é homenageado na Gávea e terá biografia feita por filha

Já fazem 30 anos desde que Cláudio Coutinho, ex-treinador do Flamengo e Seleção Brasileira, perdeu a vida em um acidente no mar. Nesta segunda-feira, uma missa realizada na sede da Gávea homenageou o idealizador da equipe que seria campeã da Libertadores e do Mundial de Clubes, em 1981, sob o comando de Paulo César Carpegiani. Cláudia, filha do ex-técnico, também presta tributo e está escrevendo a biografia do pai.


- Meu pai foi um exemplo, tanto que a memória dele, pelo o que fez, está viva até hoje - afirmou Cláudia Coutinho.

Cláudia conta com a ajuda de Jairo dos Santos, que foi observador técnico da Seleção Brasileira em oito Copas do Mundo, para escrever o livro.

- Eu acho que a ideia começou desde o momento em que houve o acidente no qual ele faleceu. Eu imediatamente comecei a juntar tudo o que tinha sido escrito sobre ele, todas as coisas que nós fizemos juntos, as contribuições dele para o esporte brasileiro - disse Jairo.

Em função dos 30 anos de sua morte, Cláudio Coutinho foi lembrado, nesta segunda-feira, em uma missa na capela da sede da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A fachada do ginásio do clube, que leva o nome do ex-comandante, também foi restaurada.

Cláudio Coutinho faleceu no dia 27 de novembro de 1981. Ele havia chegado dos Estados Unidos, onde estava trabalhando. A fim de descansar e encontrar amigos no Rio de Janeiro, o ex-técnico foi à Ilha das Cagarras, a poucos quilômetros da praia de Ipanema, para praticar o seu passatempo favorito: a pesca submarina. Porém, Coutinho acabou sofrendo um acidente e morreu afogado, aos 42 anos. A conquista do Mundial de Clubes pelo Flamengo, no Japão, que aconteceria no dia 13 de dezembro, havia sido profetizada por ele.

- Tenho certeza que Flamengo será campeão mundial de clubes porque acho que está escrito - disse Coutinho em sua última entrevista.

Coutino era ex-jogador de vôlei e sempre foi apaixonado por atividades físicas. Como militar, fez cursos no exterior, importando ideias até então desconhecidas. Os conceitos trazidos por ele também foram empregados na preparação da Seleção Brasileira tricampeã mundial em 1970, onde atuava como auxiliar da comissão técnica. Coutinho era um homem de temperamento forte, mas não se esquivava na hora de pedir desculpas. Em 1978 deixou Júnior e Falcão fora da convocação para a Copa do Mundo.

- Ele continuou como treinador depois de voltar da Copa e o primeiro treino na Gávea que ele me encontrou, falou: "Poxa, como eu me arrependo de não ter te levado". Eu falei: "Bom capitão, agora não adianta, já acabou" - relembrou Júnior.

No clube rubro-negro, Coutinho montou a base do time que venceria, após sua morte, o Mundial de Clubes, além de ser três vezes campeão carioca e conquistar o título brasileiro de 1980. Uma época mágica para o filho Paulo, ainda criança.

- Me sinto uma pessoa privilegiada. Eu tive uma infância ímpar. Cresci naquele mundo de glamour do Flamengo, sendo o melhor amigo dos jogadores do clube e da Seleção. Eu nem tinha muita percepção disso naquela época, porque era o mundo que eu nasci. Eu achava que isso era normal - afirmou Paulo, que era conhecido como "Cascão".

O carinho que Coutinho tinha pelo Flamengo é retribuído pelo clube.

- Nossas grandes equipes sempre foram capitaneadas por esses grandes líderes, e ele era essa figura - reconheceu Patrícia Amorim, presidente do Rubro-Negro.

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