O Governo lançou hoje (1º) um pacote de medidas que devem aquecer a economia nacional durante as festividades de final de ano, se estendendo até março de 2012. “A redução da carga tributária sobre bens é muito bem vinda, pois pagamos muitos impostos e isto reduz a acessibilidade da população, principalmente das camadas mais pobres, a eletrodomésticos, entre outros bens”, esclarece Ruyter Barbosa, vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá).
Entre os efeitos das mudanças, o dirigente lojista aponta que a redução de 5% a 10% do IPI sobre vários produtos é significativa. E o impacto, com certeza, torna os eletrodomésticos uma das boas pedidas neste final de ano. “O Natal é a data mais democrática do ano: desde amigos secretos de R$ 1,99 a R$ 10,00 até carros são presentes dados. E para a família toda, amigos, funcionários", explica.
Ele afirma ainda que "a variedade de preços e tipos é muito grande. Mas, com a queda no percentual do IPI, os eletrodomésticos passam a ser uma das opções destacáveis, exemplifica, apontando a redução nos percentuais de IPI do fogão, de 4% para 0%; da geladeira de 15% para 5%; da máquina de lavar, de 20% para 10%. “E do tanquinho de 10 para 0%, mostrando o quanto houve atenção com produtos mais populares”.
Ruyter reitera os benefícios da redução da carga tributária. “Assim incluímos mais pessoas na base de consumo, refletindo em sua qualidade de vida”. Além disso, coloca ele, por outro lado aumenta-se a produção, abrindo mais vagas de emprego e mantendo-se os postos já existentes. “Isto quer dizer que estamos fazendo o circulo virtuoso, promovendo a geração de emprego e renda”, esclarece.
Medidas – Entre as medidas do pacote que devem aquecer a economia, além da redução do IPI, consta o corte percentual também no Imposto sobre Operação Financeira (IOF), entre outras linhas de empréstimos, nos créditos Direto ao Consumidor (CDC) e consignado; nos financiamentos de automóveis e rotativo do cartão de crédito, além dos que incidem sobre as compras a prazo. As medidas também valem para os estoques nas lojas e vão vigorar até 31 de março de 2012.
Tais medidas são anunciadas exatamente um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter baixado, novamente, a taxa básica de juros (Selic) de 11,50% para 11% ao ano. Com os juros menores, o crédito vai ficar mais acessível, mais barato, o que naturalmente estimula o consumo.
O BC também manteve o pagamento mínimo do cartão de crédito em 15%, deixando de chegar a 20% do valor da fatura este mês, como era a expectativa. Para o advogado da CDL Cuiabá, Otacílio Peron, tal medida faz com que essa diferença possa voltar a ser aplicada no comércio.
