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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Tarifas bancárias sobem quase oito vezes mais que inflação, diz Idec

Os preços das tarifas avulsas tiveram reajuste médio de 38,6% e os dos pacotes de serviços, de 17,20%, quase um ano depois da padronização dos serviços bancários pelo Banco Central, segundo levantamento do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).


"Essas variações ficaram muito acima do IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), que atingiu 5,03% no acumulado entre maio de 2008 e março de 2009", informou a instituição.

Entenda a diferença entre os diversos índices de preços

O levantamento se refere às novas tarifas, que entraram em vigor no ano passado, em cumprimento à Resolução nº 3.518, publicada em dezembro de 2007 pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Conforme o estudo, a maior parte dos bancos reajustou as tarifas logo após o "congelamento" de 180 dias estipulado pelo BC. A resolução da autoridade monetária, no entanto, permite aos bancos aplicar o reajuste livremente.

Com a mudança nas regras, as instituições financeiras passam a oferecer quatro tipos diferentes de serviços: os essenciais, os prioritários, os especiais e os diferenciados. A nomenclatura dos serviços usada passou a ser padronizada e os bancos foram obrigados a oferecer o pacote com os mesmos serviços. Segundo a resolução, os chamados serviços essenciais não podem ser cobrados.

"A padronização das tarifas também instituiu o pacote básico padronizado, cujo principal objetivo era introduzir um parâmetro de comparação entre as cestas de serviços oferecidas pelos bancos. O pacote padronizado, entretanto, não cumpriu a função, já que todos os bancos definiram seu preço muito acima de outros pacotes personalizados e incluindo com mais serviços", aponta o estudo.

O acompanhamento, realizado entre os dez bancos com mais de um milhão de clientes (Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Santander e Unibanco), apontou que nove bancos reajustaram pelo menos uma tarifa avulsa, exceto a Caixa Econômica Federal (CEF).

Menores e maiores

A Caixa apresentou a maior ocorrência das menores tarifas (14), seguida pelo Itaú e pelo Unibanco (12 ocorrências). Já o HSBC foi o que encabeçou a lista das maiores tarifas (20 itens), seguido pelo Bradesco (nove) e Banrisul (sete).

Conforme o estudo, foram identificados 46 reajustes diferentes, com índice de reajuste máximo no Banrisul (fornecimento de folha avulsa de cheque, de R$ 0,35 para R$ 1,50, ou 328,6%), e mínimo, no Unibanco (DOC/TED, de R$ 8 para R$ 8,10 ou 1,3%).

Também entre os pacotes e cestas de serviços oferecidos, cinco bancos aumentaram os preços (CEF, Banrisul, HSBC, Santander e Unibanco). O reajuste máximo aplicado foi no Banrisul (pacote padronizado passou de R$ 8 para R$ 18,50, alta de 131,25%) e o mínimo, na CEF (Pacote Especial passou de R$ 21,50 para R$ 22, aumento de 2,33%).

O levantamento mostrou, ainda, que há uma grande variação entre tarifas cobradas pelos mesmos serviços. "Em alguns bancos, nenhuma tarifa é cobrada por determinados serviços (confecção de cadastro, cheque visado e depósito identificado) enquanto em outros bancos os mesmos chegam a custar R$ 59", aponta o estudo.

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