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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Eleitor deve avaliar 'custo-benefício' da divisão do Pará, diz Lewandowski

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, afirmou ao G1 que a população paraense precisa considerar o momento econômico do país ao decidir se optará pela divisão do estado em três.


Neste domingo (11), cerca de 5 milhões de eleitores vão às urnas no Pará responder se querem ou não a divisão do estado para a criação de mais duas novas unidades da federação: Tapajós e Carajás.

Ao ser perguntado sobre a relevância do impacto econômico para a divisão, o presidente do TSE destacou que o Tocantins, desmembrado de Goiás em 1988, é uma experiência "bem-sucedida" de fracionamento territorial. Ele destaca, no entanto, que a população paraense tem que "sopesar a relação custo-benefício" em razão da crise financeira internacional.

"O caso do Tocantins é uma experiência bem-sucedida. Está se desenvolvendo bem, progredindo. Isso mostra que é possível, sem prejuízo para o todo, a divisão do país em mais estados, considerando, por exemplo, que temos regiões em que os serviços públicos não chegam. No entanto, a grande pergunta que se coloca é se é oportuna a divisão nesse momento, tendo em conta a crise mundial econômica que se vive e que pode chegar ao país. A criação de novos estados envolve gastos da União, que terá de contribuir para que os novos estados dêem os primeiros passos com sucesso", avaliou Lewandowski.

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O ministro também destacou que o TSE investe em tecnologia para poder ouvir, em eleições futuras, a opinião da população sobre temas diversos.

"Tendo em conta a campanha no Pará, o futuro será ouvir a nação brasileira sobre outros temas também. O TSE está se preparando para isso, com investimento em tecnologia para permitir que, em uma mesma urna, o eleitor escolha um candidato e responda a uma questão. Esse é o novo modelo de democracia que se apresenta."

Lewandowski diz esperar um plebiscito "absolutamente tranquilo" neste domingo. "O povo brasileiro está maduro para votar. (...) Teve toda uma preparação muito cuidadosa e meticulosa que permitiu essa tranquilidade. Esperamos um plebiscito absolutamente tranquilo neste domingo", disse o ministro.

Segundo o ministro, uma abstenção em torno de 20% "estaria dentro das previsões e não indicaria anormalidade e apatia."
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