Olhar Direto

Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

bebida alcoólica

Cerca de 90% do álcool é absorvido na 1ª hora, e eliminação leva até 8h

O consumo de bebida alcoólica produz, além dos efeitos físicos visíveis – como euforia, perda de reflexos, falta de coordenação ou sonolência –, uma série de reações químicas e metabólicas no...

O consumo de bebida alcoólica produz, além dos efeitos físicos visíveis – como euforia, perda de reflexos, falta de coordenação ou sonolência –, uma série de reações químicas e metabólicas no organismo.


Tudo começa no estômago, que recebe a bebida, absorve parte da água e manda o restante para o intestino. O álcool (etanol) vai para o fígado, que o transforma em outra substância (acetaldeído), que é então enviada para o rim. Este, por sua vez, encaminha o produto do álcool para a bexiga, onde será excretado.

Cerca de 90% do álcool ingerido é absorvido na primeira hora, mas a eliminação demora de 6 a 8 horas. E o corpo interpreta o álcool como se fosse açúcar, por conta das calorias (7 kcal por grama).

Isso faz com que o pâncreas produza mais insulina para quebrar o açúcar no sangue. Assim, o nível de açúcar diminui e a pessoa pode ter uma crise de hipoglicemia.

Segundo estatísticas americanas, a simples ingestão de dois copos de cerveja pode aumentar o tempo de uma reação química de 0,75 para quase 2 segundos.

A dor de cabeça da ressaca, cuja intensidade depende da capacidade do fígado de cada um, é um efeito da vasodilatação. Isso porque o álcool se espalha no sangue até o cérebro e seu efeito pode causar edemas. Como forma de defesa, o corpo expande as veias do cérebro.

Em dias de ressaca, as principais dicas do hepatologista Luiz Carneiro e da consultora Ana Escobar são: caminhar, para fazer com que o metabolismo se regule, e comer alimentos leves, como saladas, frutas e grelhados, para não dificultar a digestão e sobrecarregar os órgãos que trabalharam para processar o álcool.

Cada indivíduo tem um fígado diferente, com uma potência distinta. Alguns conseguem metabolizar mais álcool que outros. E, quando o fígado não dá conta de quebrar as moléculas de álcool rápido o bastante para serem processadas, a pessoa pode entrar em coma alcoólico.

O fígado tem uma reserva de glicose que funciona como uma espécie de tanque de energia alternativa. Quando alguém bebe em excesso, o álcool usa esse estoque.

Uma dica para casos de bebedeira (não de coma) é procurar combater os dois problemas do álcool: a queda de açúcar no sangue e a desidratação. Por isso, uma boa receita é ingerir um copo de água com 3 a 5 colheres de sopa de açúcar bem misturadas.

Também é importante não dormir de barriga para cima, para evitar o sufocamento no caso de vômito durante a noite.

Na hora de beber, nunca fique de barriga vazia e escolha bem o acompanhamento para não passar mal depois. Prefira: pão, antepasto de berinjela, batata frita e mandioca frita. Evite: queijos e frios (salame, presunto e mortadela) e linguiça acebolada.

Além disso, no primeiro momento em que uma pessoa toma bebida alcoólica, o volume de líquido no corpo aumenta muito e dá uma falsa sensação de hidratação. Só que, na segunda etapa, o álcool causa uma diurese grande: a urina aumenta e pode dar desidratação.

Por isso, é importante estar hidratado quando beber e ingerir muito líquido também no dia seguinte. Isso também ajuda a eliminar pela urina as toxinas que restam no corpo.

Lei Seca
A Lei Seca, que vale para todo o Brasil desde 2008, proíbe dirigir sob efeito do álcool. Não há limite seguro para beber e dirigir. Isso porque a absorção e metabolização do álcool dependem de diversos fatores, como sexo, peso e refeições no dia.

O que se sabe é que consumir uma lata de cerveja, ou uma taça de vinho, ou até uma dose de cachaça, vodca ou uísque, é o bastante para ser multado. Beber o equivalente a duas ou três doses e dirigir não é apenas infração: é crime de trânsito.

Conduzir veículo sob efeito de álcool (de 0,1 a 0,29 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões) é considerado infração gravíssima, com multa de R$ 957,70, suspensão do direito de dirigir por 12 meses e retenção do veículo até a apresentação de condutor autorizado.

Dirigir o veículo embriagado (mais de 0,3 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões) provoca as mesmas penas que a condição anterior, além de prisão de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de obter a carteira habilitação.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet