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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Mão de obra desqualificada: em busca de alternativas para romper com esta realidade

Um levantamento realizado pelo ManpowerGroup mostrou que 57% dos empregadores brasileiros encontram dificuldade em preencher vagas de trabalho. Entre os 39 países respondentes, o Brasil aparece em 3º lugar, perdendo apenas para o Japão, cujo indicador ficou em 80%, e a Índia, com 67%.


Os postos que mais se mostraram difíceis em ser preenchidos, segundo os entrevistados de todo o mundo, técnicos ficaram em primeiro lugar, seguidos pelos representantes de vendas, trabalhadores das profissões de ofício (aprendidas fora da escola), engenheiros e operários.

Em âmbito local, a realidade se repete. Não raro empresas mato-grossenses, dos mais diversos setores encontram dificuldades para preencher as vagas disponíveis. “Está acontecendo, frequentemente, o fato de termos as vagas e não conseguirmos pessoas devidamente treinadas para ser vendedor, por exemplo, entre outros cargos”, explica Paulo Gasparoto, presidente da CDL Cuiabá, referindo-se ao Balcão de Emprego CDL Cuiabá, que visa fazer a ponte entre as empresas e os trabalhadores no mercado da capital.

Até hoje no Balcão de Empregos já foram cadastrados aproximadamente 3.200 currículos, “entretanto, temos hoje 54 vagas em aberto”, aponta Pâmella Vieira, psicóloga responsável pelo Balcão de Emprego CDL Cuiabá. Com o objetivo justamente de enfrentar estas problemáticas, além de absorver parte da mão de obra qualificada no projeto do Governo do Estado, Copa em Ação, a CDL firmou parceria com a Secretaria Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) para que grandes demandas de vagas para uma função determinada e em que falte trabalhadores qualificados, os candidatos sejam treinados pelo Governo e encaminhados por meio da CDL.

Pâmella esclarece que o déficit de pessoal para vários cargos e atividades não está atrelado aos critérios de avaliação específicos, “pois mesmo quando não há exigência de experiência e curso técnico, um alto índice de candidatos deixa a desejar no que diz respeito ao marketing pessoal, apresentação e comportamento, ou nem comparecem à entrevista”.

Viviane Silvestre, sócia-proprietária do restaurante Sabor e Cia, passou por tais dificuldades para montar a sua equipe. De acordo com ela, somente depois de seis anos que de funcionamento de sua empresa foi que conseguiu reunir pessoal qualificado e com capacidade de trabalhar em equipe para atender às necessidades de seu estabelecimento. “A dificuldade é grande. E os problemas vão desde falta de capacitação até má índole e falta de capacidade de trabalhar em equipe”, declara.

Terceirizados e temporários – A situação difícil já se arrasta há algum tempo. E nas datas comemorativas, com a demanda para contratação temporária, o quadro piora. Vale ressaltar que os setores de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário, compostos por 34.086 empresas em todo o país, faturaram juntos R$ 69,8 bilhões, ano-base 2010/2011. O resultado é 12% maior do que os R$ 62,3 bilhões faturados em 2009/2010. A massa salarial paga pelos dois setores aos 2,6 milhões de trabalhadores foi de R$ 31,26 bilhões, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Manager (Ipema). “Para este Natal a estimativa CDL é que empregaremos cerca de 1.600 novos empregados por pelo menos 3 meses, como temporários, em Mato Grosso”, alerta Gasparoto, para esclarecer que há sobra de vagas e o que se precisa é de mais canais de treinamento e preparo da população para integrar este desenvolvimento.
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