A noite de sexta-feira (16) foi tumultuada na Câmara de Fernandópolis, no interior de São Paulo. A sessão extraordinária para votar um processo de cassação contra o prefeito Luiz Vilar durou quase sete horas. A polícia foi chamada para acompanhar a votação.

O trânsito em frente à Câmara Municipal ficou impedido e um esquema especial de segurança foi montado. Do lado de fora, manifestantes a favor e contra o prefeito. No plenário, apenas quem conseguiu uma das 140 senhas. Quem não pode entrar acompanhou pela janela.

A sessão extraordinária foi marcada para votar o relatório da comissão processante que apurou possíveis irregularidades nas obras de um conjunto habitacional. Segundo a denúncia, depois de entregar 253 casas em maio deste ano, o prefeito abriu licitação para pintar novamente todas elas, além de reinstalar aparelhos elétricos e refazer caixas de esgoto, entre outros reparos.

A defesa alegou que os serviços precisaram ser refeitos por apresentar problemas e que vários itens foram repostos porque foram furtados. A comissão processante julgou improcedente a denúncia. Os vereadores decidiram pela absolvição do prefeito. Foram sete votos a favor e três contra.

Candida Nogueira, que foi presidente da comissão processante, votou contra. Os vereadores José Carlos Zambon e Rogério Pereira da Silva também foram contrários à decisão da comissão. Com o voto a favor dos outros vereadores, a denúncia foi arquivada.