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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Mesa errou sobre pedido de informação a Pimentel, diz assessoria

O primeiro-secretário do Senado, Cícero Lucena (PSDB-PB), informou equivocadamente nesta terça-feira (20) que a Mesa Diretora da Casa teria aprovado requerimento com pedido de informações por escrito ao ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, informou a assessoria da Mesa.


Em entrevista à imprensa mais cedo, ele foi perguntado sobre o requerimento, de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), e disse que havia sido aprovado.

De acordo com a assessoria da Mesa Diretora, Lucena confundiu o requerimento para Pimentel com outro, direcionado ao ministro da Educação, Fernando Haddad.

“O senador fez um equívoco. Na verdade, foi aprovado pedido de informações ao ministro da Educação, Fernando Haddad, sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”, disse a assessoria.

Álvaro Dias chegou a dar entrevistas comemorando a aprovação do requerimento, mas, posteriormente, foi informado de que se tratava de um equívoco do primeiro-secretário.

“Houve uma confusão na informação que passaram. O 1º secretário, que representa a Mesa, disse o requerimento do Fernando Pimentel tinha sido aprovado. Só que vai ficar para o ano que vem”, disse. Ele criticou a demora na aprovação do documento. “Perde muito tempo e vai esvaziando o assunto. Mas vamos retomar o tema em fevereiro.”

Nas últimas semanas, a base aliada na Câmara e no Senado barrou pedidos de convite e convocação do ministro para prestar esclarecimentos em comissões.

Em entrevista na semana passada, a presidente Dilma afirmou considerar "estranho" que o ministro dê explicações sobre sua "vida privada, a vida pessoal passada".

Perguntada se Pimentel não deveria ir ao Congresso explicar as denúncias, a presidente falou sobre o assunto pela primeira vez: “O governo não acha nada. O governo só acha o seguinte: é estranho que o ministro preste satisfações no Congresso da vida privada, da vida pessoal passada dele. Se ele achar que deve ir, ele pode ir, se ele achar que não deve ir, ele não vá. Agora, sobre assuntos do governo é obrigado a ir.”

Denúncias
No começo de dezembro, reportagem do jornal "O Globo" apontou que Pimentel recebeu R$ 2 milhões com sua empresa P-21 Consultoria e Projetos Ltda., entre 2009 e 2010, após deixar o cargo de prefeito de Belo Horizonte e antes de assumir vaga no ministério de Dilma.

Segundo o jornal, um dos clientes foi a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) para o trabalho de "consultoria econômica e em sustentabilidade". Dirigentes da federação, que, segundo “O Globo”, pagou R$ 1 milhão pelo trabalho, disseram ao jornal desconhecer o trabalho realizado por Pimentel. Outro cliente, a construtora mineira Convap, teria pago R$ 514 mil pela consultoria.

Em outra reportagem publicada dias depois, "O Globo" cita outro contrato em que o ministro teria recebido R$ 400 mil de empresa pertencente ao filho de um sócio de Pimentel em sua consultoria. Depois, o jornal "Folha de S.Paulo" informou que esta empresa manteve contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte quando Pimentel era prefeito.
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