O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta quinta-feira (22) que a fiscalização interna feita nos convênios da pasta com ONGs não encontrou indícios de desvios de recursos. Segundo ele, foram detectados somente problemas formais, como prestação de contas e de informações.

"Houve problemas por prazos, por datas, por trocas de notas, isso é sempre uma coisa comum porque as entidades, mesmo de boa fé, nem sempre têm uma assessoria jurídica e técnica que preencha as exigências de órgãos de controle", disse.

Questionado se a auditoria teria encontrados irregularidades financeiras, Rebelo respondeu: "Ao que me consta, não". De acordo com ele, o resultado da fiscalização foi informado à Controladoria-Geral da União e à Casa Civil.

A fiscalização foi determinada em decreto pela presidente Dilma Rousseff e suspendeu os repasses de todos os ministérios a ONGs durante um mês. Se fossem encontradas irregularidades, o governo iria pedir o ressarcimento dos valores pagos.

Aldo Rebelo reafirmou que os convênios com ONGs serão substituídos por acordos com prefeituras e estados. Os que estiverem em execução não serão interrompidos, mas os encerrados não serão renovados, de acordo com o ministro.

O Ministério do Esporte foi um dos que passaram por troca de comando neste ano após o surgimento de denúncias de irregularidades. A maioria se relacionava ao programa Segundo Tempo, que busca promover a prática esportiva entre crianças e adolescentes em comunidades carentes, com compra de material e treinamento. As denúncias levaram à queda de Orlando Silva.