Mesmo bombardeado de críticas sobre o desempenho de sua administração, o prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (PMDB), evita criticar diretamente seus antecessores e adversários políticos, como outrora fazia em discursos na tribuna da Assembleia Legislativa, quando ocupava a função de deputado estadual.
Para ele, as críticas que recebe como administrador da terceira maior cidade do Estado são resquícios da insatisfação do grupo perdedor da eleição de 2008 e, por isso, evita causar mais polêmicas. “Não vou entrar no mérito do que se diz por aí”, pontua ele.
Pátio informou que herdou dívidas de seus antecessores e que mantém os pagamentos das parcelas estão em dia, num recado indireto. “Venho cumprindo o dever de casa, as dívidas feitas antes do ex-prefeito Adilton Sachetti são pagas regularmente como o parcelamento do Impro (Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Rondonópolis), iluminação pública, estamos quitando precatórios em fevereiro de 2012 de dívidas desde a década de 90, e honramos o pagamento mensal de R$ 1,5 milhão ao BNDES pela reforma da prefeitura realizada por gestões passadas. Esta gestão está equilibrada e não queremos fazer críticas a ninguém, mas estamos cumprindo os compromissos”.
O próximo desafio será o de regularizar a situação dos servidores celetistas. O interesse é esclarecer a falta de registro no Cadastro Nacional de Informação Social (CNIS) da contribuição dos servidores públicos municipais do regime celetista, junto ao Instituto Nacional de Previdência Social (INSS). Quando se aposentarem, muitos trabalhadores podem ter surpresa uma e descobrir que vão ter que trabalhar mais tempo porque a prefeitura não honrou com as obrigações.
O prefeito Zé Carlos do Pátio explica que até agora implantou e desenvolveu diversos projetos, ao mesmo tempo em que retomou procedimentos de governos anteriores. “Muitas coisas (projetos) nós tivemos a iniciativa e fizemos. Muitas outras, que eram feitas nos governos anteriores, nós retomamos para manter a cidade equilibrada e pronta para o futuro. O próximo prefeito vai ter o privilégio de assumir a administração de uma cidade organizada e de portas abertas para o desenvolvimento econômico e a inclusão social”, avalia.
Ele evitou dar nota a sua gestão, dizendo que a avaliação da administração deve ser feita pela própria população. “Eu sou humilde para reconhecer que a minha gestão é bem mais avaliada do que eu, mas isso é parte do processo político da última eleição municipal”, argumentou.
