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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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gRIPE SUINA

OMS alerta para nova onda "ainda mais letal" de gripe A (H1N1); casos somam 985

Foto: Reprodução

OMS alerta para nova onda
A diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, rejeitou as críticas de que a reação da organização tenha sido exagerada frente à epidemia gripe suína, denominada oficialmente influenza A (H1N1), e alertou que pode haver uma segunda onda de contágios em todo o mundo. O balanço mais recente da organização afirma que há 985 casos da doença em 20 países, incluindo 25 mortes no México e uma nos Estados Unidos. 


Em declarações ao jornal "Financial Times", Chan afirma que a epidemia da gripe suína --que criou alarde de uma pandemia mundial-- ocorreu no final da temporada típica da gripe no hemisfério norte (durante os meses frios do inverno) e que isso explica o caráter relativamente leve do surto inicial. Contudo, ela avisa que pode haver uma segunda onda de contágio do vírus A, ainda mais letal.

"Esperemos que o vírus vá perdendo força porque, se não for assim, enfrentaremos um grande surto", explica. "Não prevejo que vá acontecer uma explosão pandêmica, mas se não levo em conta essa possibilidade e não nos preparamos para ela, irei fracassar." 

Chan alerta ainda que os números otimistas de México e de outros países sobre a estabilização da transmissão da gripe suína e a queda do índice de mortalidade não significa que a epidemia da doença esteja no fim.

"Prefiro pecar por excesso que por defeito de preparação", afirma a diretora-geral da OMS, que não descarta aumentar o nível de alerta pandêmico para seis, o mais alto na escala da organização.

"É mais um sinal que se envia às autoridades do setor da saúde pública para que tomem as medidas apropriadas, supervisionando, por exemplo, sua propagação", explica Chan, acrescentando que um alerta de pandemia não significa necessariamente que a doença vá afetar todos os países e todos os indivíduos.

Balanço

A OMS divulgou nesta segunda-feira novo relatório sobre a gripe suína no mundo. O México, considerado o epicentro da epidemia, continua o país mais afetado pela gripe --são 590 casos da doença confirmados, dos quais 25 resultaram na morte dos pacientes.

Nos Estados Unidos, segundo país do mundo em número de casos, 226 pessoas tiveram testes com resultado positivo para o A (H1N1). O país tem ainda a única morte fora do México, um bebê mexicano que morreu no Texas na segunda-feira passada (27).

Outros países com casos confirmados da doença, sem nenhuma morte, são: Canadá (85), Espanha (40), Reino Unido (15), Alemanha (8), Nova Zelândia (4), Israel (3), El Salvador (2), França (2), Áustria (1), China (1, em Hong Kong), Colômbia (1), Coreia do Sul (1), Costa Rica (1), Dinamarca (1), Irlanda (1), Itália (1), Holanda (1) e Suíça (1).

A OMS explicou ainda que o rápido aumento dos casos registrados no México não é resultado de novos contágios e sim de milhares de testes de amostras recolhidas anteriormente de pacientes e que foram enviadas ao exterior para análise segundo os critérios da organização.

Cautela demais

Ao jornal, Chan explicou que as autoridades mexicanas se mostraram muito cooperativas no combate à gripe suína, embora tenham ficado assoberbadas pela tripla tarefa de estender o tratamento às pessoas afetadas, limitar a propagação do vírus e analisar os casos registrados.

A diretora-geral da OMS assinala, por outro lado, que as restrições de viagem ao México impostas por vários países, como Argentina e Cuba, são contraproducentes "tendo em vista as provas disponíveis e de nossos conhecimentos científicos".

Embora os países tenham direito a tomar diferentes medidas para enfrentar a epidemia, precisam justificá-las publicamente, criticou Chan.

A diretora-geral defendeu, contudo, a decisão de Hong Kong (China) e Nova Zelândia de colocar em quarentena os viajantes dos quais se suspeita que estão infectados.

Chan pediu ainda que as companhias farmacêuticas aumentem suas contribuições em medicamentos contra a gripe suína e forneçam mais remédios e vacinas a preços mais acessíveis para poder tratar e proteger aos cidadãos de países mais pobres.
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