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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Imprensa alternativa reuniu opositores à ditadura

Subproduto inesperado do golpe militar de 1964, a imprensa alternativa abrigou, durante pelo menos 20 anos, profissionais e assuntos banidos dos grandes veículos de comunicação por força da ditadura.

Subproduto inesperado do golpe militar de 1964, a imprensa alternativa abrigou, durante pelo menos 20 anos, profissionais e assuntos banidos dos grandes veículos de comunicação por força da ditadura. Foi um dos núcleos aglutinadores da oposição ao autoritarismo, tendo lançado, de 1964 até o fim dos anos 70, cerca de 160 títulos no País, segundo o jornalista e professor Bernardo Kucinski, estudioso do assunto.


“Houve de fato perseguição fiscal aos jornais alternativos, embora eu não saiba localizar como e quando, porque nunca me detive nesse aspecto”, diz Kucinski. Considera-se que a origem da imprensa alternativa no País foi o lançamento do jornal "Pif-Paf", de Millôr Fernandes, em 1964. Seu maior fenômeno foi "O Pasquim", semanário carioca lançado em 1969.

Uma operação secreta de uso da Receita Federal para exterminar a imprensa alternativa foi desencadeada entre 1976 e 1978 pelo governo Ernesto Geisel (1974-1979), mostram documentos sigilosos da extinta Divisão de Segurança e Informações do Ministério da Justiça (DSI-MJ) obtidos pelo Estado. Embora notabilizado pela suspensão da censura a jornais, pelo fim da tortura de presos políticos e pela distensão “lenta, segura e gradual”, o general, penúltimo ditador do ciclo militar de 1964, autorizou a ofensiva contra os pequenos veículos em despachos com o então ministro da Justiça, Armando Falcão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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