O duelo entre brasileiros e quenianos vai ganhar mais um capítulo na edição número 87da Corrida de São Silvestre.

Eles são figuras anônimas, mas, na Avenida Paulista, neste sábado (31), vão se sentir celebridades. Um quarteto disputa a corrida todos os anos. E, para eles, a festa do esporte começou na véspera.

O tricampeão da São Silvestre e vencedor no ano passado, Marílson Gomes do Santos, descansou à tarde. Os outros atletas da elite do Brasil treinaram no fim do dia, mas foi um trabalho leve, de pouco mais de 20 minutos.

“O corpo da gente é muito sem vergonha. Então, se ficarmos um dia sem treinar, sem colocá-lo na ativa, é complicado para perder o ritmo da prova“, diz a atleta Tatiele Roberta de Carvalho

E aqueles que todos os anos tentam estragar a festa dos brasileiros também estiveram presentes para treinar no Parque do Ibirapuera, só que um pouco mais cedo. E 24 horas antes da prova deu para notar que os quenianos vão dar muito trabalho mais uma vez.

Para um amador, o pique era forte. Para eles, movimentação para soltar a musculatura. O principal nome do Quênia na prova de amanhã é Martin Lel. Ele espera aumentar a vantagem do país africano no confronto contra o Brasil. São 12 vitórias deles contra 11 nossas. Modesto, Martin Lel elogia os brasileiros e elege o principal rival. “Marílson dos Santos é o mais forte”, disse o queniano.

Hoje, Martin Lel ficou para trás. Guardou energias. Mas os africanos, como sempre, não pouparam simpatia. Sorte de quem teve a alegria brasileira para igualar o sorriso africano.