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Sábado, 03 de agosto de 2024

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M. Jorge: China é principal parceiro comercial do País

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje que a China confirmou em abril a posição de principal parceiro comercial individual do Brasil, marca que foi atingida pela primeira vez em março. Segundo o ministro, os resultados apurados nos dois últimos meses também levarão o país asiático à primeira posição no comércio com o Brasil no primeiro quadrimestre deste ano. "Acredito que essa tendência deve ser mantida ao longo de todo o ano de 2009, especialmente, porque a economia dos Estados Unidos apresenta desempenho fraco em função da crise."


O ministro disse também que a estimativa de crescimento de 7% da China no segundo trimestre de 2009, feita pelo Centro de Informação Estatal do país em relatório publicado na edição de hoje do China Securities Journal, é uma boa notícia, pois deve colaborar para a melhora das vendas de produtos brasileiros no exterior. "Se a China crescer 7% no segundo trimestre, será mais fácil para manter essa mesma taxa de expansão no segundo semestre, dado que o país já apresenta uma recuperação melhor do que a esperada", afirmou.


De acordo com Miguel Jorge, se a China registrar expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 7% na segunda metade deste ano, é possível que o superávit comercial do Brasil supere a projeção atual do ministro, que é de saldo positivo de US$ 15 bilhões em 2009. "Um crescimento de 7% para padrões históricos da China é uma marca até moderada, mas na atual conjuntura internacional trata-se de um resultado muito bom, que será benéfico para o Brasil e suas contas externas", disse.


O ministro afirmou também que os sinais claros de recuperação da economia lhe dão segurança para avaliar que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano deve apresentar crescimento ao redor de 2%, melhor que a mediana das expectativas de aproximadamente 80 instituições financeiras, que projetam uma contração de 0,30% do PIB, de acordo com a pesquisa Focus, divulgada hoje pelo Banco Central. "Não acredito muito nas estimativas da Focus, que representam as pesquisas dos economistas de bancos. Eu trabalhei em banco e vi como os economistas de bancos trabalham", afirmou.


IPI


Também hoje, o ministro afirmou, pela primeira vez, ser contrário à segunda prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para veículos novos. O prazo final, previsto para março deste ano, foi renovado até junho.


Segundo o ministro, há sinais claros da recuperação do nível de atividade econômica relacionados com os aumentos registrados na comercialização de veículos nos últimos quatro meses. Miguel Jorge disse ainda que a indústria automotiva manteve em abril o bom desempenho registrado nos meses anteriores.


Entretanto, o ministro não quis manifestar sua opinião sobre a necessidade ou não da manutenção da redução do IPI incidente sobre produtos da linha branca (fogões, geladeiras e lavadoras), que deve vigorar até meados de julho. "Esse é um tema que requer estudos e, portanto, ainda não vou me manifestar sobre ele", afirmou. Ele ressaltou que há resultados relativos a produtos da linha branca indicando que as vendas teriam crescido "ao redor de 30%" com a medida.


Ainda de acordo com Miguel Jorge, é provável que a diminuição do IPI para o setor de construção civil seja mantida por um prazo indeterminado, em função especialmente do programa de habitação do governo federal "Minha Casa, Minha Vida", que prevê a construção de 1 milhão de moradias.
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