O número de gêmeos nascidos nos Estados Unidos dobrou nas últimas três décadas, em grande parte como resultado do aumento de tratamentos de fertilidade, indica um estudo do Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do país.

Uma em cada 30 crianças americanas nascidas em 2009 tinha um irmão gêmeo, o que somou mais de 137 mil bebês que vieram juntos ao mundo. Em 1980, foram 68.339 múltiplos nos EUA, com uma incidência de uma para cada 53 pessoas.

Esse crescimento atinge todas as faixas etárias e regiões do país, mas o índice foi maior (duplicou) nos estados de Connecticut, Havaí, Massachusetts, Nova Jersey e Rhode Island.

O CDC atribui o fato de as mulheres esperarem mais tempo para dar à luz como responsável por um terço da elevação da taxa de natalidade de bebês múltiplos. De 2000 a 2009, mais de 35% de todos os nascimentos foram de mães com 30 anos ou mais, contra 20% em 1980.

Segundo a epidemiologista do CDC e coautora do estudo Joyce Martin, as terapias de fertilização in vitro têm passado por melhorias, o que aumenta a eficácia delas e a probabilidade de nascimentos de gêmeos.

Crianças múltiplas costumam apresentar uma gestação e um parto mais complicados. Isso porque têm mais risco de nascer prematuras e com baixo peso, além de maior chance de não sobreviver ao primeiro ano de vida.