Aves, Naves e Naus Desprovido daquela sanha lancinante Mas a sagacidade constante Tem coisa pungente na gente Assanha o medo e a mente. Tal e qual a ave adora as alturas Aviadora sendo ela própria a nave Uma nau no Triângulo das Bermudas A ave nave navega em águas turvas. Dentro das entranhas profundas criaturas E estranhas aparições simulando conjecturações Em meio a digressões de imagens às escuras E as escunas afundado nas espumas. E a afanar uma glória tépida mar adentro Sem afogar nas águas gélidas tenebroso É sentir-se tal qual a urze o rododendro E degustar do próprio mel mau venenoso. Segregar os elos pra elucidar os dias plúmbeos Como furacões de destruições helicoidais Não existem mais dias normais não existe paz E tanto faz se o amor jogou-se do cais ao mar. Foi defenestrado o que antes fora tão digladiado E há muito soterrado e o vil soldado sofismado E turvam fontes quebram pontes lama e barro Naves e aves. Naus aos montes. Naufragado. Alessandro Vargas Técnico Judiciário Campo Verde/MT
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