As Secretarias de Fazenda e de Justiça e Segurança Pública vão desencadear, nos próximos dias, uma mega operação com objetivo de monitorar todas as transações comerciais das commodities agrícolas em Mato Grosso, as quais seriam realizadas por empresas fantasmas ou de fachada e que resultaram em prejuízos ainda não calculados pelo fisco.

"São malas pretas que continuam atuando no Estado e que nós vamos combater nessa operação, pois nossa intenção é passar um pente fino em cada transação inclusive com checagem do CNPJ e dos nomes dos supostos donos das empresas", declarou o secretário de Fazenda, Eder Moraes, em entrevista para o Olhar Direto, por telefone.

A Polícia Federal também deverá ser convidada a participar da operação pelo secretário de Justiça e Segurança, Diógenes Curado Amaral, que é delegado federal. "Vamos também solicitar ajuda do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) porque o nível de sonegação é preocupante e não podemos aceitar uma situação como essa", acrescenta Moraes. 

"Os malas pretas", segundo informações do serviço de inteligência fazendário, estariam abrindo empresas fantasmas ou em nome de laranjas apenas para realizar as transações com as commodities agrícolas destinadas à exportação e são fechadas logo após o fim da negociação de compra e venda.

"E esse produto que era destinado à exportação fica no país, mas Mato Grosso perde porque deixa de arrecadar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)", esclarece o secretário, ressaltando que sobre as commodities vendidas ao exterior não incide imposto, conforme previsto na Lei Kandir.


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