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Domingo, 04 de agosto de 2024

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Amarildo rouba cena na abertura do Centro de Memória do Maracanã

Foto: Globo Esporte

Amarildo rouba cena na abertura do Centro de Memória do Maracanã
Conhecido como "Possesso" nos tempos de jogador pelo seu temperamento em campo, Amarildo fez valer o seu apelido nesta terça-feira. O campeão mundial em 62 roubou a cena na inauguração do Centro de Memória do Maracanã ao reclamar de sua ausência na foto que representava o título obtido pela seleção brasileira no Chile. A imagem escolhida mostrava o time que disputou um dos dois primeiros jogos da equipe na competição, com a presença de Pelé. Amarildo substituiu o Rei, machucado, a partir da terceira partida, contra a Espanha. E foi titular até a decisão.


Ao ver, durante a visita que ex-jogadores e autoridades fizeram ao local, que não estava na equipe, Amarildo ficou revoltado.

- É um erro gravíssimo. Uma coisa muito feia. É algo que precisa ser corrigido. Só o Pelé jogou então? Eu não joguei? Se não fosse eu, nem teria aquela foto ali. Não teria título - afirmou.

Na área dedicada aos cinco títulos mundiais conquistados pelo Brasil, estão cartazes das seleções campeãs. Apenas o de 62 não apresenta o time que disputou a final.

A Secretária Estadual de Turismo, Esporte e Lazer do Rio, Márcia Lins, afirmou que uma imagem da equipe que disputou a decisão contra a Tchecoslováquia - com a presença de Amarildo - será colocada junto da imagem original, que ganhou o autógrafo de Pelé, que visitou o espaço no último dia 1º, e de Zagallo, que participou da inauguração nesta terça.

Único tetracampeão mundial de futebol, Zagallo emocionou-se ao visitar o espaço.

- Em 1945, cheguei a jogar uma pelada no terreno do antigo Derby Clube, onde o Maracanã foi construído. Via as obras e imaginava como seria possível reunir tanta gente aqui - disse.

Zagallo citou a sua estreia pela seleção brasileira, em 4 de maio de 1958, contra o Paraguai, como seu momento inesquecível vivido no estádio.

- Foi a primeira vez que eu vesti a amarelinha. Fiz dois gols na vitória por 5 a 1.

Também participaram da inauguração outros campeões mundiais, como Carlos Alberto Torres, Jairzinho (70), Altair e Jair Marinho (62), o governador do Rio, Sergio Cabral Filho, e o presidente de honra da Fifa, João Havelange.

Pelé e Garrincha são destaques no Centro de Memória, com peças ligadas às carreiras - O Maracanã é uma paixão, tem um valor inestimável. Merece tudo o que for feito para ele por tudo o que representa como uma obra de arte e como expressão da paixão pelo futebol - disse Havelange, que no passado chegou a defender a implosão do estádio para a construção de outro mais moderno.

Instalado no espaço em frente à Calçada da Fama do estádio, o Centro de Memória do Maracanã reúne peças históricas, como camisas usadas por Domingos da Guia e Garrincha nas Copas de 38 e 62, respectivamente; a placa em homenagem ao gol marcado por Pelé contra o Fluminense em 1959, que deu origem ao termo "gol de placa"; flâmulas da Copa de 50; fotos da época da construção do estádio; e peças relacionadas ao Maracanã, com uma mala usada para transportar o dinheiro arrecadado com a venda de ingressos em 1950.

A visitação ao Centro de Memória será incluída no trajeto feito pelos turistas que visitam o estádio. O passeio custa R$ 20 e pode ser realizado diariamente de 9h às 17h. Em dias de jogos, o período de visitação termina cinco horas antes do começo da partida.

Após a Copa de 2014, o Maracanã deverá ganhar um museu com 5 mil metros quadrados, retratando a história do futebol brasileiro e do próprio estádio. Segundo Márcia Lins, a construção do espaço é uma das obrigações a serem cumpridas pelo grupo vencedor da licitação para administração do local.
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