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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Rondonópolis

Índices da PM revelam violência crescente no interior

Um relatório da Polícia Militar aponta que 2011 superou o ano anterior em quantidade de registros de homicídios, tentativas de assassinatos, estupros, roubos, furtos e acidentes de trânsito em Rondonópolis, a terceira maior cidade de Mato Grosso. Para um município com pouco mais de 195 mil habitantes, conforme o Censo 2010, os dados são preocupantes.


Em média, a PM notifica diariamente um homicídio por semana, quatro furtos diários, bem como quatro acidentes de trânsito por dia, três casos de roubos a cada 24 horas e cerca de dois casos de estupros mensalmente.

Os assassinatos aumentaram em 10%, com 53 casos, e muitos deles são execuções. “Grande parte das mortes estão relacionadas a dívidas com traficantes de drogas e disputas de território pelo comércio de entorpecentes. Se você analisar os dados verá que houve apenas dois casos de latrocínio (roubo seguido de morte) e os assassinos foram presos”, comentou o comandante do 5º Batalhão, major Odair Moura.

As tentativas de homicídio registradas em Rondonópolis saltaram de 127 para 173, um aumento de 36%, revelando que as pessoas estão cada vez mais agressivas e tentam se matar, em uma demonstração de violência que constuma ser causada pelo alto consumo de bebidas e discussões em bares, além da violência doméstica.

O mutirão carcerário, as alterações das medidas cautelares, aumento das ocorrências policiais militares durante a greve de 64 dias da Polícia Civil e o crescimento populacional de Rondonópolis são fatores que concorrem para aumentar a violência na cidade. Conforme o comandante do 5º Batalhão, muitos dos presos que ganharam a liberdade com mutirões carcerários são velhos conhecidos da polícia e muitos têm ligações com tráfico de drogas e praticam roubos. “A maioria é reincidente, muitos dos bandidos que prendemos já passou pelo sistema prisional”.

A nova lei das medidas cautelares, que permite a liberdade de indivíduos que praticaram crimes com penas de até quatro anos de prisão, deixou muitos criminosos com a sensação de impunidade. “Muitos a interpretaram como lei branda e {pensam que a medida] acabou instigando a prática de delitos. A maioria ocorreu no período da promulgação da lei, que também coincidiu com a greve da Polícia Civil”.

O major Moura também ressaltou que os problemas [causados pelo excesso de] violência não são uma atribuição apenas da Polícia Militar, mas devem ser também objeto das investigações da Polícia Civil, do sistema prisional em cumprir o papel da ressocialização, a recuperação dos viciados em drogas pela saúde pública, e dos pais em educarem os filhos.
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