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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Lutadores brasileiros buscam estilo europeu como diferencial por vaga

Foto: Foto: Reuters

Adrian Jaoude (dir.) está confiante em recorde de vagas para Londres

Adrian Jaoude (dir.) está confiante em recorde de vagas para Londres

Nove lutadores brasileiros embarcam para a Bulgária às 22h (de Brasília) desta terça-feira em busca de novas referências que ajudem a garantir vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. Em Sofia, a Seleção Brasileira de lutas buscará incorporar o estilo europeu para surpreender os rivais no seletiva olímpica pan-Americana, que será disputada em Orlando, nos Estados Unidos, de 23 a 25 de março.


"Como a gente vai lutar a seletiva pan-americana, vamos treinar com os europeus para chegar com um jogo diferente. Teremos pela frente cubanos, venezuelanos, americanos. Eles já têm um estilo parecido de lutar. Com o estilo europeu, acredito que vamos fazer diferente", explicou Adrian Jaoude por telefone ao Terra. Ele é um dos convocados para o intercâmbio búlgaro e compete na luta olímpica estilo livre.

A expectativa é de que os brasileiros aprendam uma forma mais tática de encarar o combate, característica dos europeus, para se contrapor à forma explosiva como os americanos lutam. "Esperamos neutralizar essa explosão deles com a técnica. Eles começam a luta muito no gás, e nós queremos neutralizar isso da forma búlgara: segurar até conseguiu encaixar um movimento", disse Adrian.

Para aprimorar a técnica, os brasileiros vão treinar por duas semanas e, então, disputar o torneio Nikola Petrov, em Sofia, entre 2 e 5 de fevereiro. Além de Adrian, viajam à Bulgária seu irmão Antoine Jaoude, e os representantes da luta greco romana Diego Romaneli, Angelo Moreira e Davi Albino. Entre as mulheres da luta estilo livre embarcam Susana Almeida, Joice Silva, Dailane Gomes e Aline Ferreira.

Recorde de vagas

Os lutadores do Brasil tiveram presença tímida nas últimas edições da Olimpíada: em Atenas 2004, apenas Antoine Jaoude se classificou, enquanto que em Pequim 2008, só Rosângela Conceição disputou. Nenhum deles conseguiu medalha. Para Londres 2012, Adrian acredita que o País possa bater o recorde e levar mais representantes. Para isso, deve se destacar na seletiva pan-americana, em Orlando.

"Se eu chegar na final, por exemplo, já estou classificado para a Olimpíada. A seletiva não é fácil, mas é quando há mais chances de classificar. Depois, você tem que contar com a sorte. O resto do mundo, todo mundo que não conseguiu vaga e sobrou, vai para as duas etapas finais. Aí fica complicado", disse, em referência aos pré-olímpicos de Taiyuan, na China (23 a 29 de abril) e de Henlsink, na Finlândia (30 de maio a 6 de junho).

As mulheres também têm boas chances, e o retrospecto é bom. Nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, duas delas conseguiram medalha: Joice Silva foi bronze e Aline Ferreira conseguiu o melhor resultado da história dos pans, com a prata. "A chance de as meninas se classificarem também é grande. Se tudo correr bem, teremos dois atletas em Londres. Seria um marca, quebrando padrões", complementou Adrian.
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