O Presídio Feminino Ana Maria Couto foi palco de um início de motim na tarde de ontem. Colchões foram queimados, deixando algumas paredes chamuscadas e as detentas ainda tentaram pegar um agente prisional da unidade durante a ação.
As presidiárias reclamam das novas normas de segurança que estão sendo implantadas no local. Parentes e amigos de algumas detentas ainda se queixam da falta de alimentos para as presas e também para os bebês. Mas, de acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, estas reclamações não procedem.
Outro incidente colocou mais lenha na fogueira do protesto. O visitante de uma reeducanda tentou entrar na unidade com documentos irregulares. Quando foi constatada a irregularidade, o visitante teria desafiado os agentes a tirar a documentação dele, além de ter ofendido alguns agentes penitenciários.
O visitante acabou retirado da unidade por policiais militares e afirmou ter sido vítima de agressão, o que teria causado mais ‘revolta’ às detentas. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos alega, por outro lado, que não houve violência policial contra o visitante.
A ação para abafar o princípio de motim antes que virasse uma rebelião de grandes proporções foi rápida e durou cerca de 10 minutos, mas não impediu que alguns colchões fossem incendiados. Dentre as medidas de segurança que desagradam as reeducandas estão o afastamento das presas provisórias das condenadas.