“A Cidade é Uma Só?”, de Ardley Queirós, foi eleito o melhor longa-metragem da 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes. A escolha foi feita pelo Júri da Crítica entre os filmes exibidos na Mostra Aurora, dedicada a diretores em início de filmografia. O resultado foi divulgado neste sábado (28), último dia do festival.

O documentário premiado com o Troféu Barroco pelo júri especializado retrata a Campanha de Erradicação e Invasões (CEI), que na década 1970, retirou moradores de barracos em Brasília e promoveu a ocupação das cidades-satélite, como Ceilândia. Durante a premiação, o diretor Ardley Queirós disse ter ficado muito emocionado com a escolha.

Além dos críticos já consagrados, universitários também são responsáveis por avaliar os filmes da em Tiradentes. Nesta 15ª Edição, o Júri Jovem, formado por cinco estudantes, também apontou um documentário como o melhor longa da Mostra Aurora: “HU”. O título do filme, dirigido por Pedro Urano e Joana Traub Cseko, faz referência ao Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O público que passou pela cidade histórica também deu sua opinião e elegeu o documentário “O Mineiro e o Qeijo”, de Helvécio Ratton como o melhor longa exibido na mostra. A produção mostra que esse patrimônio está ameaçado por leis e pelo lobby de grandes laticínios. Em entrevista ao G1, o diretor disse ter ficado surpreso com o impacto do filme, e a escolha do Júri Popular de Tiradentes veio para confirmar essa impressão de Ratton.

Entre os curtas-metragens, críticos deram o Troféu Barroco para "Quando Morremos à Noite", de Eduardo Morotó. Já o público elegeu “L”, de Thais Fujinaga.

Em nove dias, a Mostra de Cinema de Tiradentes recebeu cerca de 35 mil pessoas. Na edição em que comemorou 15 anos, o evento exibiu mais de 116 produções, entre curtas, médias e longas-metragens.