As redes de peixe "fantasma" prejudicam o ecossistema marinho, já que quando são abandonadas, perdidas ou descartadas, elas continuam a pescar e matar peixes e outros animais durante anos, revelou um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Segundo o relatório, as "redes fantasma" também comprometem as reservas marinhas e constituem um perigo para as embarcações.

Publicado pouco antes da Conferência Mundial sobre Oceanos, que será realizada em Manado, na Indonésia, entre os dias 11 e 15 de maio, o documento foi feito de forma conjunta com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

De acordo com o estudo, o problema das "redes fantasma" está piorando devido ao crescimento, em âmbito global, das operações de pesca, além do aumento da utilização de equipamentos de alta duração fabricados com materiais sintéticos de grande durabilidade.

O relatório ainda sustenta que este equipamento abandonado, perdido ou descartado constitui cerca de 10% (640 mil toneladas) dos resíduos marinhos em oceanos.

O texto ainda diz que a maior parte desse equipamento de pesca não é descartada de forma proposital, mas perdida em fortes tempestades ou correntes marítimas, ou são ainda resultado de um "conflito de equipamento" -- por exemplo, quando a pesca é feita em regiões onde há "armadilhas" que enroscam essas redes.