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Sábado, 24 de agosto de 2024

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Envio de reforço federal ao Rio ainda não é necessário, diz Cardozo

Foto: (Foto:Divulgação)

Envio de reforço federal ao Rio ainda não é necessário, diz Cardozo
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feira (10) ao G1 que ainda não é necessário o envio de reforço federal para garantir a segurança no Rio de Janeiro.


Na noite desta quinta (9), bombeiros, policiais militares e civis decretaram greve das categorias no estado. Juntas, as três corporações somam 70 mil homens. Segundo os grevistas, 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil ficarão à disposição para casos de emergência.

Cardozo disse, contudo, que a Força Nacional está "de prontidão" para ser transferida ao Rio em caso de solicitação do governador Sérgio Cabral (PMDB).

"Nós temos efetivo da Força Nacional de prontidão em caso de necessidade. Temos condições de alocar de imediato homens para reforçar a segurança no Rio. Agora, a situação no momento no Rio de Janeiro é de controle e normalidade", afirmou.

Segundo ele, o plano prevê que os 14 mil homens do Exército façam o policiamento no estado, enquanto os 300 homens da Força Nacional auxiliem no trabalho dos bombeiros, em caso de paralisação dos servidores de segurança do estado.

Segundo o ministro, até o momento, Sérgio Cabral não entrou em contato para solicitar reforço. "Até agora não houve solicitação da Força Nacional. As próprias forças do Rio de Janeiro estão dando conta da segurança."

A presidente Dilma Rousseff já teria conversado com o governador do Rio e também está tranquila com a situação no estado.

Após cerimônia de posse da nova ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres no Palácio do Planalto, José Eduardo Cardozo disse não crer que a greve vá se espalhar por outros estados. "Não vai haver efeito dominó. E nos estados onde houver, as forças nacionais estao lá para garantir a segurança."

Carnaval
José Eduardo Cardozo garantiu, em entrevista ao G1, ainda que a greve dos policiais não vai prejudicar as festas de carnaval.

"Não tenho dúvida de que o carnaval vai ocorrer com tranquilidade. A população carioca pode se preparar para uma grande festa", disse.

Mandados de prisão
O porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, disse, em entrevista à Globonews nesta sexta, que onze mandados de prisão foram expedidos pela Justiça Militar contra os principais líderes da greve no Rio. Caldas não informou os nomes dos policiais militares que são procurados.

"Nós estamos com uma situação de normalidade. Desde a madrugada estamos monitorando todas as unidades. Agora pela manhã havia uma preocupação por conta da troca de turno e de serviço. E tivemos uma situação isolada no 4º BPM, em São Cristóvão, que foi prontamente debelada pelo comandante. O comandante determinou que as viaturas saíssem [...] Já há onze mandados de prisão expedidos contra os principais líderes desse movimento. A submissão imediata deles a conselhos de natureza disciplinar. Isso evidencia que de fato não vamos permitir, não vamos aceitar qualquer tipo de ação contrária à disciplina", ressaltou Caldas.

Situação na cidade
Segundo Caldas, o clima é tranquilo nos batalhões e nas ruas da cidade. Caldas disse que houve registro de um problema isolado no 4º BPM (São Cristóvão), mas não deu detalhes sobre o caso.

O G1 percorreu alguns bairros do Rio nesta manhã e encontrou apenas dois policiais militares nas ruas, uma carro da corporação na Rua General Espírito Santo Cardoso, em frente a 19ª DP, e outro na Rua São Miguel, todos na Tijuca, na Zona Norte. A equipe de reportagem percorreu os seguintes locais: Gávea, Humaitá, Copacabana, Laranjeiras, Catete, Catumbi, Rio Comprido, Praça da Bandeira e Tijuca.

Os grevistas reivindicam a liberdade do cabo Benevenuto Daciolo e querem piso salarial de R$ 3.500, com R$ 350 de vale tranporte e R$ 350 de tíquete-refeição.

Alerj aprovou aumento
Na quinta-feira (9), a Alerj aprovou substitutivo do Executivo que aumenta os salários das categorias de segurança (polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários) em 39% até fevereiro de 2013. Ainda falta votar os destaques ao projeto aprovado, que podem modificar o texto final.
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