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Sábado, 03 de agosto de 2024

Notícias | Informática & Tecnologia

Empresa japonesa ignora protestos contra game de estupro

Uma fabricante de jogos de computadores rejeitou, nesta sexta-feira (8), campanhas e protestos feitos por entidades de direitos humanos dos Estados Unidos contra o game "RapeLay", que faz os jogadores simularem atos de violência sexual contra mulheres.


A organização Equality Now, de Nova York, lançou uma campanha nesta semana "contra jogos simuladores de estupro e banalização da violência sexual no Japão".

Em protesto à fabricante, ativistas escreveram ao primeiro-ministro japonês, Taro Aso, argumentando que o jogo rompe com as obrigações do país em relação à Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres, ocorrida em 1985.

A fabricante do game minimizou a campanha. "Estamos confusos com a ação", disse o porta-voz Makoto Nakaota. "Fazemos jogos para o mercado doméstico, de acordo com a legislação vigente aqui [no Japão]. Não podemos comentar [a campanha] porque não vendemos [o game] para outros mercados."

Jogadores ganham pontos por atos de violência sexual, incluindo abordagem de garotas em estações de trem, estupro de virgens e suas mães, e forçando mulheres a fazer aborto, de acordo com um comunicado da Equality Now.

O Japão, frequentemente criticado por pornografia infantil, proibiu em 1999 a produção, distribuição e uso comercial de fotos que suscitem atividades sexuais, vídeos e outros materiais envolvendo pessoas com menos de 18 anos.

No entanto, a lei não criminaliza a posse destes tipos de materiais, e também é lacônica quanto à pornografia infantil por meio de animações de computação gráfica, categorizada como "hentai" (pervertido).

A gigante do varejo on-line Amazon encerrou as vendas de "RapeLay" dos seus websites, depois de receber reclamações. Clipes do game ainda são encontrados no YouTube.

O comitê japonês da Unicef disse que isso atrapalha as medidas internacionais para combate à pornografia infantil.

"No mundo globalizado, conectado pela internet, qualquer tipo de abertura pode arriscar todas as legislações", disse uma porta-voz. "O mundo tem que direcionar ações voltadas à tentativa de banir o acesso e visualização de imagens virtuais."

Um porta-voz do setor de igualdade de gêneros do governo japonês disse que o departamento "está resolvendo o problema agora".
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