Dois dos quatro nomes cotados para dusputar a vaga de procurador geral do Ministério Público Estadual (MPE), o procurador Paulo Prado e o promotor Vinícius Gahyva, compartilham da idéia de que ainda é muito cedo para falar sobre os possíveis interessados em substituirem o atual ocupante da cadeira, Marcelo Ferra, já que a definição ocorre apenas em dezembro.

“Particularmente acho muito cedo para já se discutir e nem pensei nisso ainda. Seria até deselegante”, afirmou Paulo Prado, ao ressaltar que seu nome é lembrado para a disputa pelo fato de já ter sido procurador geral.

O promotor Vinícius Gahyva reforça a idéia de que ainda é muito cedo para se discutir a substituição de Marcelo Ferra e assevera que em nenhum momento tem trabalhado seu nome nos bastidores do MPE.

Gahyva acredita que seu nome pode ter surgido como eventual candidato pelo fato de  ser presidente da Associação do Ministério Público há três anos. “Falar sobre as eleições é meio precipitado. As inscrições para candidatos só começam em setembro”.

Além de Prado e Gahyva, foram cotados o procurador Edmilson da Costa Pereira, que assegurou só entrar na disputa se sentir que tal possibilidade está sendo bem aceita pelos demais colegas, e o promotor Roberto Aparecido Turim.

A sucessão no MPE promete ser uma das mais acirradas em função do clima tenso nos bastidores, que ficou mais evidente durante a reunião do Conselho Superior do Ministério Público Estadual, que decidiu, por maioria, manter o processo que investiga uma eventual participação do senador Blairo Maggi (PR) no escândalo dos maquinários, que resultou no desvio de R$ 44 milhões dos cofres públicos, no processo de licitação de aquisição de 705 máquinas do programa MT 100% Equipado.

A coexistência pacífica entre os grupos da situação e da oposição ficou, de certa forma, impossibilitada pelo 'fator Blairo Maggi', que passou a ser alvo dos oposicionistas no processo sucessório que se avizinha.

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