Com o firme propósito de disputar uma das duas vagas de senador que estarão em jogo nas eleições gerais de  2010, o procurador da República José Pedro Taques confirmou que ingressa com um pedido de licença de 120 dias com objetivo de percorrer Mato Grosso e ouvir os anseios da população, além de conhecer os problemas e projetos positivos de cada região.

"Como gosto de dirigir, vou percorrer Mato Grosso de carro, porque é importante conhecer de perto a realidade de cada micro região, de cada comunidade e do cidadão comum", declarou Taques, em, entrevista para o Olhar Direto, em Lucas do Rio Verde, onde foi um dos convidados de honra do aniversário do deputado estadual, Otaviano Pivetta, presidente regional do PDT.

"Sentir o pulso do eleitor" para Taques, um neófito em política partidária, será de fundamental importância, pois, apesar de grande projeção na mídia por ocasião das ações contra o crime oganizado em Mato Grosso, o procurador da República ainda desconhece grande parte dos municípios e precisa conhecer de perto as carências e experiências ocorridas nos municípios, desde a divisão do Estado.

Junto com o juiz Julier Sebastião da Silva, da Primeira Vara Federal, Taques foi o responsável pela prisão do comendador João Arcanjo Ribeiro, homem que mandavam desmandava em Mato Grosso e tinha trânsito livre em todos os poderes e instituições. Arcanjo é acusado, entre outros crimes, de assassinato, formação de quadrilha, evasão de divisas, sonegação de impostos, improbidade administrativa.

A prisão do ex-bicheiro, logo após o assassinato do dono do jornal Folha do Estado, representa um marco para a história recente de Mato Grosso, pois significou o fim de um período de crimes e da impunidade, época em que pessoas eram assassinadas em plena luz do dia e as ameaças eram constantes.