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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

Notícias | Esportes

Thiago Neves exalta a qualidade do Flu e diz que era difícil tabelar no Fla

O sorriso está estampado no rosto o tempo todo. Polêmicas, incertezas, dúvidas, pressão, cobranças... Estas palavras fazem parte do passado. Agora, Thiago Neves só pensa na palavra alegria. E três fatores são determinantes para que isso possa acontecer. O primeiro é o retorno ao Fluminense. O segundo é ter a certeza de que firmou um contrato longo - vai até 2016 - e saber que no fim da temporada não terá de se preocupar em saber o que vai ser do futuro. O terceiro é hoje perceber que já reconquistou a torcida tricolor, da qual toda a sua família faz parte.


Se os tricolores querem apagar de vez a passagem de Thiago Neves pelo Flamengo, o próprio faz questão de ressaltar que cresceu muito no ano em que vestiu a 7 rubro-negra. Mas, pelo visto, só ele mesmo quer manter as memórias. Na espaçosa sala de sua casa na Barra da Tijuca, de onde deve se mudar em breve para o Leblon, um porta-retrato mostra o jogador nas diversas fases da sua carreira. Tem fotos do Fluminense, do Al-Hilal, da Seleção e nada do Flamengo...

- Rapaz, foi a Marcella quem fez (risos) - despistou.

Esta é uma das provas de como a esposa, tricolor assumida, tem importância na vida do jogador. Se hoje se considera mais maduro deixando no passado polêmicas dentro e fora de campo, Thiago Neves diz que a mulher é uma das responsáveis. Até em pequenos detalhes, como por exemplo não querer rever os lances da final da Libertadores de 2008, que até hoje ferem o casal. Mas o carinho e o respeito pelo maior rival tricolor nem ela consegue tirar. Ele, entretanto, admite que as idas e vindas geraram uma certa tensão entre os familiares.

- A preocupação existia fora de campo. Tinha medo de ser ofendido ou xingado de maneira mais agressiva na rua. Mas graças a Deus nada aconteceu. Minha família sabia aonde podia ir, onde tinha algum problema...

Dentro de campo, Thiago revela que se sente bem mais à vontade nas Laranjeiras.

- Fica mais fácil tentar uma jogada, buscar uma tabela... Você toca e sabe que a bola vai voltar redonda para os seus pés. No Flamengo era complicado. Tinha a qualidade do Ronaldo e do Deivid, mas jogávamos distantes um do outro. Aqui são muitos de qualidade.

Neste bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, Thiago Neves comentou as diferenças entre os dois clubes e revelou o único arrependimento de sua carreira. O futuro? Thiago Neves garante só pensar no Fluminense, na Seleção e em retribuir o carinho e o esforço do Tricolor no processo de sua contratação. Para isso, sonha com o título da Libertadores e vê o time atual ainda mais forte do que o do vice-campeonato de 2008. Enquanto o momento não chega, curte cada dia ao lado da família, dos amigos e da agitada cadela Flor. O sorriso? Segue estampado no rosto.

GLOBOESPORTE.COM: De volta ao Fluminense, contrato longo, permanecendo no Rio de Janeiro, tudo bem com a família, time campeão da Taça Guanabara... Este é o momento mais feliz da sua vida?

Thiago Neves: Sem dúvida. Minha volta ao Flamengo foi por apenas um ano. A gente tinha aquela incerteza , se iria continuar, se o clube teria dinheiro para me comprar... Tudo isso gerava uma falta de tranquilidade. E agora eu acabei aqui no Fluminense. Minha família toda é tricolor e eu estou de volta, muito feliz no Flu e aliviado. Por isso as coisas estão começando a acontecer e meu futebol está cada vez melhor. Feliz eu estive em vários momentos da minha vida. Na primeira passagem pelo Fluminense, no Flamengo, no Hamburgo, no Al-Hilal... Mas de tranquilidade este é o maior

Qual chegada você considera mais delicada? A no Flamengo após se consagrar no Fluminense, ou a no Flu após uma temporada no maior rival?

Acredito que esta agora. Por ter voltado após passar um ano no Flamengo, havia uma desconfiança. Eu tinha uma história aqui e estava ansioso, até porque fiz bons jogos contra o Fluminense e marquei gols. Mas isso passou e eu vejo o torcedor me incentivando muito nos jogos.

Surpreendeu a recepção calorosa com mais de mil tricolores no dia de sua apresentação nas Laranjeiras?

Muito. Achei que teria pouca gente, esperava vaias e cobranças. Mas todos gritaram, me incentivaram, e isso deu um gás fundamental para começar bem no Fluminense.

E ver a torcida gritando o nome da Marcella?

Foi engraçado. Na hora nem eu nem ela esperávamos. Ela ficou toda tímida aí eu fui logo falando: "Faz alguma coisa! Dá um tchau!". Nem sei se ela chegou a fazer (risos).

Em qual apresentação você ficou mais confortável? No Fluminense ou no Flamengo?

No Flamengo, me cobraram muito mais. Estava mesmo nervoso. Pediram para eu me desculpar publicamente pelos gols e comemorações. No Fluminense, deu para perceber meu nervosismo, mas ao mesmo tempo estava aliviado por ter feito um contrato longo e definitivo. Para sair realmente vai ser quase impossível.

Mas em algum momento você sentiu medo ou insegurança?

A preocupação existia fora de campo. Tinha medo de ser ofendido ou xingado de maneira mais agressiva na rua. Mas graças a Deus nada aconteceu. Minha família sabia onde podia ir, onde tinha algum problema... Mas acho que agora o torcedor do Fluminense entendeu o que aconteceu da mesma maneira que o torcedor do Flamengo também entendeu. Hoje ainda existe uma provocação, mas é saudável.
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