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Sábado, 17 de agosto de 2024

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Ilhas brasileiras auxiliam sistema global de detecção de terremotos

A região é uma das que mais registram tremores no Brasil devido à sua localização. O conjunto de ilhas está dentro de uma falha geológica, cercada por abismos marinhos, e fica bem próxima ao encontro entre as placas tectônicas sul-americana e africana – que cruza todo o Oceano Atlântico.

Uma das principais pesquisas realizadas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo é sobre as atividades sísmicas que ocorrem com frequência nas ilhas.


A região é uma das que mais registram tremores no Brasil devido à sua localização. O conjunto de ilhas está dentro de uma falha geológica, cercada por abismos marinhos, e fica bem próxima ao encontro entre as placas tectônicas sul-americana e africana – que cruza todo o Oceano Atlântico.

Geofísicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estudam esse fenômeno com a ajuda de um sismógrafo, instalado na ilha em 2009, que envia constantemente dados para o continente e contribuem ainda com um sistema internacional de detecção de terremotos e maremotos.

Detecção
Segundo Aderson Nascimento, geofísico da UFRN e um dos responsáveis pela pesquisa, ao menos cinco tremores são sentidos anualmente em São Pedro e São Paulo. De acordo com ele, um dos objetivos do estudo sobre o tema é caracterizar esses sismos. A maioria deles tem intensidade inferior a cinco graus na Escala Richter.

“Os registros de movimento do solo no arquipélago são contínuos (cem medidas por segundo). O sismógrafo consegue captar variações da intensidade das ondas e de terremotos nas ilhas e em todo o globo. Com alguns anos de dados, esta estação sismográfica poderá ser convertida em um excelente meio de monitoramento dessas atividades na região Atlântica, já que está instalada estrategicamente”, disse o professor ao Globo Natureza.

Ele explica que as rochas de São Pedro e São Paulo vieram do fundo do mar há mais de 35 milhões de anos, diretamente do manto (camada que fica logo abaixo da crosta terrestre). “É um dos poucos lugares da Terra onde é possível estudar a composição do interior do planeta na superfície”, disse o biólogo Jorge Lins, responsável pela Estação Científica local.

Nascimento afirma que nenhum terremoto de grandes proporções foi registrado pelo equipamento instalado na ilha. Ele disse que, a cada três meses, equipes da universidade seguem até a região inóspita para coletar dados, que serão processados posteriormente
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