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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Na semana do Dia Internacional da Mulher Crea Mato Grosso traz exemplos de sucesso

Tradicionalmente, durante a semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher os olhos do mundo ficam voltados ao "sexo frágil" e os jornais estampam notícias sobre o crescimento da inserção da mulher no mercado de trabalho.


Neste ano, o Crea-MT remexeu em suas memórias para trazer em destaque nomes de mulheres desbravadoras que são verdadeiros exemplos de coragem, persistência e motivação, que seguem dando continuidade à incansável busca por melhores condições de vida para as mulheres.

Atualmente o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso é composto por mais de 300 categorias, aonde mais de 15% dos profissionais em exercício são mulheres, num universo de aproximadamente 14 mil profissionais.

Entre os registros iniciais desta autarquia, dois nomes ganharam evidência: Norma Gebran Pereira e Mirtes Ferreira Leão. A primeira é engenheira civil e a segunda engenheira agrônoma. Ambas mulheres guerreiras que em tempo de muito preconceito e discriminação perseguiram, a contragosto, a sua vontade de vencer. Hoje profissionais reconhecidas e com mais de 65 anos, as duas continuam no mercado de trabalho.

Norma Gebran Pereira, fundadora do Sindicado Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - Sinaenco, pediu vista para atuar em Mato Grosso em 1968, como engenheira na construção de uma usina hidrelétrica, ficando registrada como a primeira profissional mulher a atuar no Estado. Ela foi a primeira mulher a dirigir a Sinaenco, fato inédito entre as entidades de engenharia. Possui vasto currículo na área de engenharia consultiva e fez parte de várias entidades como a Asociação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), Instituto de Engenharia (IE) e Associação Paulista de Empresas de Consultoria em Saneamento (Apecs).

Para ela já não existe mais esta distinção entre homem e mulher no setor de engenharia. "O julgamento se prende muito mais à competência técnica que ao sexo do profissional. A mulher hoje ocupa um grande espaço na produção brasileira, nas diversas áreas e isso não é diferente na engenharia. Ela saiu da toca." Norma conta que nunca sofreu discriminação na profissão ou passou por uma concorrência desleal. Para ela, "as mulheres estão passo a passo conquistando lugares e tendo oportunidade de mostrar sua capacidade e competência". Segundo ela, 90% dos engenheiros brasileiros são homens e não é fácil a luta das mulheres. "É uma jornada tripla, a gente se vira entre casa, marido, escritório e sindicato e, às vezes, se sente meio estafada, mas dá pra tocar. Os homens também estão dividindo tarefas. A luta hoje é de igual pra igual", lembra.

Mirtes Ferreira Leão, engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, foi a primeira mulher a ser registrada nos livros históricos do Crea-MT com o número 248/D em 12 de maio de 1969. Há 18 anos aposentada, Mirtes foi pesquisadora da Embrapa, professora de fitopatologia da Universidade Federal de Mato Grosso, foi autora do 1º trabalho científico da Empaer e ainda hoje faz projetos em sociedade com a sua filha em Primavera do Leste - MT.

Orgulhosa de sua trajetória e dona de um invejável portifólio de obras e serviços, Mirtes acredita que sempre foi uma pessoa de muita sorte. "Nunca encontrei qualquer dificuldade por ser mulher e tive a felicidade de ver minha filha seguir os meus passos". Saudosa, a agrônoma contou que em sua época a única formação que o Mato Grosso oferecia era a advocacia e por isso precisou morar no Rio de Janeiro para poder tirar o seu diploma na profissão que tanto ama.

Ela incentiva as mulheres a buscarem o seu reconhecimento profissional em qualquer área. "Nosso Brasil é muito grande. A gente pode fazer muito por esse país. Não é o sexo que define a competência de um profissional é a dedicação, a vocação e a habilidade investida em um projeto de vida".

A exemplo das engenheiras Norma Gebran Pereira e Mirtes Ferreira Leão, tantas outras mulheres merecem as homenagens do Crea-MT, como a contadora Dercy Ourives Oliveira, funcionária mais antiga do Conselho, com mais de 20 anos de serviços prestados e a engenheira civil Marciane Prevedello Curvo, primeira mulher eleita diretora geral da Mútua - MT.

"Em nome dessas personalidades homenageamos todas as mulheres do Sistema Confea/Crea e Mútua que contribuem para a construção de novos valores e a para a colheita de sementes que carregam em si a promessa de um futuro mais digno", declarou o presidente do Crea-MT, Juares Samaniego.
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