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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

EUA aprovam aparelho de depilação a laser portátil

A FDA (órgão americano que regula alimentos e fármacos) aprovou recentemente a comercialização nos EUA de um aparelho portátil para depilação a laser, que pode ser usado em casa. A oferta de produtos no país e em outras partes do mundo, no entanto, é maior. Nos EUA, os preços variam de US$ 200 a US$ 1.300.


No Brasil, é possível adquirir aparelhos para uso doméstico em sites de venda na internet ou por telefone -alguns sites trazem depoimentos e recomendações de pessoas que já usaram os produtos. A reportagem da Folha apurou que existem ao menos três equipamentos à venda no país sem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Apesar da promessa de uma depilação definitiva, a potência do laser desses produtos é baixa e, por isso, dificilmente será capaz de destruir a raiz dos pelos para sempre e impedi-los de voltar a crescer. Há riscos, inclusive, de efeito contrário: o calor transmitido por esses equipamentos pode estimular a multiplicação celular e tornar os fios mais grossos.

O usuário pode ainda sofrer queimaduras na pele, caso o produto esteja desregulado ou a pessoa não tenha o perfil adequado para a aplicação da técnica. Há contraindicações para pessoas com pele bronzeada ou naturalmente escura, de pelo muito claro, que aplicam ácidos na pele ou fizeram peeling recentemente e que utilizam medicamentos fotossensibilizantes, como alguns antibióticos e anti-inflamatórios.

Em clínicas

Esses riscos e ressalvas também existem na depilação a laser convencional. A técnica se tornou bastante popular nos últimos anos e é segura quando executada por um especialista, mas vários centros realizam o procedimento sem estrutura adequada. "Há equipamentos baratos que chegam da China e que são comprados por salões de cabeleireiros. Algumas clínicas usam equipamentos alugados e eles acabam sem manutenção regular", alerta a dermatologista Valéria Campos, especialista do Departamento de Laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Os riscos de se submeter ao aparelho desregulado vão desde uma depilação incompleta, que torna os pelos finos a ponto de impedir a retirada total em um outro procedimento, a queimaduras e superestimulação do crescimento dos fios.

Foi o que ocorreu com a fisioterapeuta Laura Ferreira de Rezende Franco, 30, que procurou uma clínica de estética para retirar pelos do buço. Na segunda sessão, além do buço, recebeu aplicação de laser também em pelos finos das bochechas e sofreu queimaduras sobre a boca e na lateral do rosto. As feridas cicatrizaram e não deixaram manchas, mas Laura ficou com um problema permanente: os pelos do rosto aumentaram de espessura, como se fossem barba.

A insatisfação com o resultado geralmente se deve a má informação e indicação. "Infelizmente existe muita aplicação de laser por não médicos, em empresas de estética. Às vezes o médico está presente, mas não o tempo todo. O que vejo mais em consultórios são manchas no rosto, na perna, algumas lesões de queimadura e muita gente insatisfeita com o mau resultado", afirma Eliandre Palermo, diretora da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

Para a especialista, o técnico geralmente é capaz de operar a máquina, mas não consegue fazer a indicação correta. Além disso, a intensidade do laser pode variar com o passar das sessões, já que as características do pelo mudam. "O tipo de laser usado influencia muito. São vários parâmetros que devem ser ajustados [para a depilação ser eficaz], é quase uma receita de remédio. É nessa hora que os problemas podem aparecer."

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