Nesta semana a Universidade de São Paulo oficializou a criação do Núcleo de Apoio a Pesquisa em Mudanças Climáticas, o Incline (na sigla em inglês), que vai concentrar trabalhos sobre o tema realizados por 12 faculdades e laboratórios da instituição.
O objetivo da universidade, apontada nesta quarta-feira (14) entre as cem melhores instituições de ensino superior do mundo, segundo ranking da Times Higher Education, é se tornar referência mundial no tema.
Embrião do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), o núcleo já nasce com 18 projetos em andamento. Entre as pesquisas realizadas estão a mudança climática na Amazônia, o impacto das alterações no Oceano Atlântico Sul, a poluição das cidades, mudanças no uso da terra e os recursos hídricos.
Integração com outros institutos
Para Tércio Ambrizzi, diretor do IAG e coordenador do Incline, centralizar essas investigações científicas vai aumentar a interação entre pesquisadores – a chamada interdisciplinaridade.
“A nossa vantagem é que temos um volume grande de estudos. Essa integração tem importância vital no sentido de que aumentará o contato dos profissionais com outros centros do mundo, aumentando a cooperação internacional”, afirma Ambrizzi.
Outro ponto citado pelo professor é a possibilidade de uma maior troca de informações com grandes centros de pesquisa brasileiros que já trabalham na área, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), referência na pesquisa em mudanças climáticas.
“Teremos a oportunidade de interagir mais com eles”, diz Ambrizzi, ressaltando que a ajuda poderá ser recíproca.