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Domingo, 21 de julho de 2024

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Neutrinos não rompem a barreira da luz, indica pesquisa

Uma nova pesquisa sugere que os neutrinos --que aparentemente contrariaram uma das teorias fundamentais de Einstein ao superar a velocidade da luz - na verdade permanecem no limite universal de velocidade.


A mais recente medição da velocidade das partículas subatômicas no centro de pesquisas Cern no trajeto entre Genebra e Gran Sasso, na região central da Itália, contradiz uma leitura inicial divulgada em setembro do ano passado, que causara sensação no meio científico.

Desde então, novas dúvidas surgiram sobre as afirmações originais, especialmente depois da notícia, no mês passado, de que a primeira descoberta do experimento chamado Opera pode ter sido distorcida por um cabeamento defeituoso.

A nova análise foi feita por pesquisadores que trabalham em outro experimento, chamado Icarus. Com o uso de dados e medições de tempo independentes de sete neutrinos no feixe enviado pelo Cern, eles descobriram que o tempo estava exatamente consistente com a velocidade da luz.

Sandro Centro, especialista em física de alta energia e porta-voz do experimento Icarus, disse acreditar que os resultados do novo teste são conclusivos.

"A velocidade da luz e a velocidade dos neutrinos são as mesmas", disse ele em entrevista por telefone depois que as descobertas da equipe foram publicadas online na sexta-feira.

O polêmico estudo Opera havia constatado que os neutrinos percorreram os 730 quilômetros que separam o Cern de Gran Sasso 60 nanossegundos - 60 bilionésimos de segundo - mais rápido do que a velocidade da luz.

"A evidência começa a indicar que o resultado do Opera foi um produto da medição", disse o diretor de pesquisa do Cern, Sergio Bertolucci, em um comunicado.

Ele acrescentou, no entanto, que a comunidade científica precisa ser rigorosa e que novos testes estão planejados para maio com o uso de novos raios pulsantes do Cern a fim de produzir o veredicto final.

Muitos cientistas haviam demonstrado ceticismo com relação às medições originais, que contrariavam a Teoria da Relatividade Especial, de 1905, de Albert Einstein, que diz que nada no universo é capaz de andar mais rápido do que a luz -- uma asserção que fundamenta boa parte da física e da cosmologia moderna.
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