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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Atendimento pelo SUS é suspenso nos hospitais particulares de Cuiabá

Todos os hospitais particulares de Cuiabá suspenderam o convênio com o Sistema Único de Saúde devido à tabela de preço e o modelo de contrato. De acordo com o médico Gabriel Novis Neves, é preciso rever os valores pagos pelo SUS e a forma de pagamento, isso porque além da demora para receber, muitas vezes o recurso não chega aos hospitais.


Neves é sócio do Clinica Femina, única a realizar cirurgia cardíaca em crianças em Cuiabá, tem acumulado, em um ano, R$ 500 mil para receber do SUS. A reclamação maior é que o judiciário profere liminar obrigando os hospitais a realizarem o procedimento, porém não acatam liminares que obrigam o Estado a pagar.

“Se saúde é direito de todos e dever do Estado, então algo está errado com o Estado”, afirmou Neves. Para o médico, a saúde no país já morreu e, atualmente, existe um jogo de empurra-empurra entre os governos e o problema acaba sempre estourando na mão do município, que é o que tem menos recursos.

Outra reclamação de Gabriel Neves, que já foi secretário de Saúde do Estado por duas vezes, além de reitor fundador da Universidade Federal de Mato Grosso, é com relação as medidas adotadas pelo governo que prefere investir em ambulâncias e construção de hospitais, aos invés de investir na prevenção e educação. “Ambulâncias e hospitais não representam saúde, ao contrário, representam falência da saúde”.

O médico explicou também que o Estado gasta três vezes mais com o transporte aéreo de pacientes do que com o tratamento em um hospital particular. Mesmo assim, o governo continua com a política de transportar pacientes.

Neves também critica o governo pela falta de investimento na saúde. “Enquanto o Estado não priorizar a saúde e educação, nada vai adiantar”, destacou. Ele reclama que existem linhas de subsídios para diversos setores, como o da agropecuária, porém para a saúde não há nenhum benefício e nem muito menos incentivos.

A falta de apoio do governo aos hospitais já resultou no fechamento de cinco unidades em Cuiabá, o que reduziu em 200 o número de leitos e hoje a Capital passar por uma crise, sem condições de atender a demanda, ainda mais neste período de infecções virais e dengue. Atualmente, de acordo com dados do Sindicato de Estabelecimentos Hospitalares de Mato Grosso, existem 700 leitos em Cuiabá.
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