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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Caça excessiva de rinocerontes na África do Sul ameaça espécies

Foto: (Foto: Reuters/Brent Stirton/Getty Images)

Caça predatória de rinocerontes na África do Sul pode causar desaparecimento de diversas espécies até 2020.

Caça predatória de rinocerontes na África do Sul pode causar desaparecimento de diversas espécies até 2020.

O rinoceronte pode desaparecer na África do Sul até 2020 devido à da caça predatória, alertaram as reservas particulares do país, que exigem do governo medidas para evitar a extinção do mamífero.


Segundo um estudo apresentado pela Associação de Proprietários de Rinocerontes, se a caça furtiva continuar nesse ritmo, a espécie poderá se extinguir em oito anos.

Na África do Sul, existem cerca de 400 reservas privadas que guardam um de cada quatro rinocerontes do país, onde pelo menos 108 exemplares foram mortos nos primeiros dois meses e meio deste ano, segundo os dados dos Parques Nacionais da África do Sul (Sanparks).

O número poderá chegar a 1.300 animais em 2012, triplicando o recorde atingido em 2011, quando 448 foram mortos, de acordo com Jabulani Ngubane, responsável pela segurança da reserva de Ezemvelo, em KwaZulu-Natal.

Ngubane, citado nesta semana pelo jornal sul-africano "The Star", disse que os caçadores furtivos estão transferindo sua atividade dos parques nacionais, onde aumentou a segurança, para as reservas naturais particulares menores.

Reaçao à caça
Os especialistas calculam que na África do Sul exista cerca de 20 mil rinocerontes, embora o número exato seja desconhecido. "Precisamos de um censo adequado de rinocerontes na África do Sul, porque o governo acredita que tem tempo para reagir e não está fazendo o suficiente", afirmou Lorinda.

Os donos de reservas naturais particulares estão aplicando medidas para evitar a matança de exemplares, cujo chifre chega a preços superiores ao do ouro no mercado negro asiático, onde se atribui às peças supostas propriedades medicinais e afrodisíacas.

"É uma corrida constante. É preciso ampliar as medidas de segurança constantemente, já que os caçadores aprendem como burlá-las", explicou Colin Patrick, responsável pela reserva de Montainview, junto ao Parque Nacional Kruger, no norte do país.

Envenenar o marfim com toxinas ou retirar as hastes dos animais são algumas das soluções que os donos dessas reservas estão fazendo para impedir a caça de seus rinocerontes e a perda de seu investimento, que chega a mais de US$ 40 mil por animal.

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