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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Mestrando analisa cota altimétrica do rio Paraguai e predação do gado pantaneiro

O aluno do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, do Instituto de Biociências (IB) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Fernando Rodrigo Tortato, fará a defesa pública da dissertação de mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade amanhã (5), às 14 horas, no auditório do Centro de Biodiversidade. Orientado pelo professor doutor Thiago Junqueira Izzo, o mestrando defenderá a dissertação "Cota altimétrica do Rio Paraguai e proporção de Bovinos adultos influenciando na predação de gado por grandes felinos no Pantanal".


A banca será composta pelos professores doutores Guilherme de Miranda Mourão, Roberto de Moraes Lima Silveira, Christine Strüssmann (suplente) e Thiago Junqueira Izzo (orientador).

Resumo - O conflito ocasionado por ataques de grandes felinos em criações domésticas está entre as principais ameaças para sua conservação. No Brasil, as duas maiores espécies de felinos, a onça-pintada (Panthera onca) e a onça-parda (Puma concolor) são perseguidas e mortas devido a ataques causados no rebanho doméstico.

O estudo do mestrando Fernando Tortato teve como objetivo entender os fatores que promovem o ataque de grandes felinos no rebanho bovino em uma fazenda localizada na região oeste do Pantanal. De janeiro de 2006 a setembro de 2010, todos os óbitos no rebanho foram contabilizados. Não houve distinção entre os óbitos causados por onça-pintada e onça-parda.

O mestrando avaliou a influência da cota altimétrica do rio Paraguai e a proporção de adultos do rebanho nos eventos de predação do gado por grandes felinos. Durante os cinco anos de monitoramento, 57% dos óbitos no rebanho foram causados por ataques de onças, contudo esta porcentagem oscilou entre os anos. Esses eventos ocasionaram um prejuízo anual máximo de US$ 22.400. Em relação às preferências nos ataques de onças no rebanho, constatou-se a escolha por animais jovens. Fernando Tortato encontrou uma relação positiva entre a ocorrência e número de ataques mensais de grandes felinos sobre o rebanho com a cota altimétrica do rio Paraguai, e uma relação negativa com a proporção de adultos no rebanho.

Baseado nos dados de presença ou ausência mensal de óbitos ocasionados por onças, foi observado que dos 13 meses e que a média da cota altimétrica mensal do rio Paraguai ultrapassou os 650 cm, em 12 ocorreram óbitos.

Em relação à proporção de adultos no rebanho, 73% dos óbitos provocados por ataques de onças ocorreram quando a proporção de adultos foi menor que 60% do rebanho. O aumento da cota altimétrica acarreta em um adensamento do rebanho próximo a áreas florestadas, aumentando a vulnerabilidade do mesmo. A influência da proporção de adultos no rebanho indica um comportamento de defesa por parte dos adultos. O conhecimento dos fatores que predispõe os eventos de predação de onças no rebanho contribui para que sejam estabelecidas estratégias de manejo com o objetivo de minimizar este conflito.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3615 8878.
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