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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Delegada traz para seminário experiência de São Paulo na redução da violência dentro dos estádios

Há oito anos atuando na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, a delegada da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Margarete Francisca Corrêa Barreto, trouxe para o seminário Polícia Judiciária Civil: Atuação em grandes eventos, realizado entre quinta e sexta-feira (19 e 20.04), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, seu experiência frente à atuação da polícia nos estádios de futebol.


Em sua palestra na tarde de sexta-feira (20), a delegada falou da intolerância esportiva e do planejamento da Segurança Pública paulista que reduziu a violência dentro dos estádios e reduziu a sensação de impunidade que reinava no interior dos campos. Mas, conforme a delegada, a Polícia não previu que a violência pudesse migrar para a rua, para fora dos gramados. “Os resultados obtidos no interior dos estádios fez com que o torcedor buscasse as ruas das cidades para manifestarem seus atos violentos”, observou à delegada.

A palestrante apresentou ainda alguns estudos de casos de brigas de torcidas e apresentou exemplos de como os torcedores se mobilizam para os encontros, que acabam até em mortes, a exemplo da briga entre a torcida organizada do Palmeiras e do Corinthians, que um morto a tiros, um baleado (que morreu depois) e outros cinco feridos no dia 25 de março, na Zona Norte de São Paulo, horas antes do jogo entre os clubes pelo Campeonato Paulista. Cerca de 300 torcedores das organizadas se envolveram na confusão.

Ainda durante a palestra, Margarete falou da legislação espanhola, como as penas são aplicadas naquela legislação. “Na Copa a gente vai ter uma legislação transitória sobre os crimes”, frisou e falou do desafio da Segurança Pública na segurança do cidadão em grandes eventos. “A Polícia Civil de um modo geral trabalha mal com seu cliente, que é a população. Acho que o grande desafio é aprender a lidar com esse público, que é quem sofre violência ou mesmo o público que vai ser detido”, destacou.

Conforme a delegada, na Copa do Mundo as multiculturas de pessoas de diferentes nacionalidades vão exigir da segurança pública investimentos na formação do policial, principalmente em línguas. “A gente não forma um policial que sabe falar uma língua estrangeira em três meses, seis meses. Isso precisa de um investimento imediato, pois demora um ano, dois anos para falar outro idioma”, observou.

“São algumas das medidas extremamente importantes para que a gente alcance o objetivo da Copa. Preparar esse policial para atender bem esse cliente interno e o externo”, destacou.

Para a delegada, os jogos mundiais serão uma oportunidade única para as polícias civis se estruturarem. “A gente não pode achar que Segurança num grande evento é um acessório é uma coisa principal está dentro do esqueleto do evento e vai precisar de investimento maciço. É uma grande oportunidade para a polícia civil estruturar as suas carreiras, valorizar esse policial, que depois vai ficar para população e para a própria polícia”, finalizou.
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