A Defensoria Pública do Distrito Federal informou nesta segunda-feira (23) que a decisão de suspender o 2° vestibular da Universidade de Brasília (UnB), previsto para ocorrer nos dias 2 e 3 de junho deste ano, foi uma decisão do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe).

De acordo com a defensoria, em nenhum momento a ação do defensor Ricardo Emílio Salviano pede a suspensão do vestibular. A entidade informou que a ação pede que a isenção das taxas não esteja vinculada ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), como é feito pelo Cespe. Mais cedo, o Cespe havia informado que a suspensão se devia a uma determinação judicial.

Para a defensoria, qualquer pessoa que se increva no vestibular deve ter o direito de apresentar documentos que comprovem a necessidade da isenção da taxa de inscrição. Segundo o órgão, já foram feitas cerca de 15 ações nesse sentido contra o Cespe.

A assessoria do Cespe informou no final da tarde desta segunda que entrou com um recurso contra a decisão da Justiça no dia 11 de abril. No recurso o centro de seleção pede que a isenção da taxa permaneça vinculada ao CadÚnico. Até que seja decidido o mérito, o Cespe decidiu suspender vestibular para evitar eventuais problemas futuros.

O comunicado divulgado pelo centro indica que possíveis alterações serão divulgadas na internet, em momento oportuno.

As inscrições para o 2º vestibular da Universidade de Brasília ocorreram entre 16 de março e 9 de abril deste ano.